Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Em guerra com torcedores, Luis Fabiano se diz decisivo

FUTEBOL
Centroavante busca fim de jejum hoje contra o Internacional

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

"É rir para não chorar." Foi com essa frase, síntese da crise que tomou conta do São Paulo, que Luis Fabiano abriu a entrevista de ontem, véspera da partida que pode decretar um dos maiores jejuns de vitórias da história do clube.

Nos mais de 30 minutos em que passou tentando explicar as sete derrotas consecutivas e os dez jogos sem vencer do time do Morumbi, o centroavante quase não falou sobre o Inter, rival desta noite, às 21h, em jogo adiantado da 12ª rodada do Brasileiro.

Os outros assuntos roubaram a cena: as possíveis desavenças com Rogério e principalmente o clima de guerra entre os torcedores e ele.

Chamado de pipoqueiro por facções organizadas e acusado por elas de pouco produzir em partidas importantes, Luis Fabiano rebateu.

"Não preciso mais provar nada para ninguém. É impossível eu ter 173 gols pelo São Paulo contra o Mogi Mirim, com todo respeito, contra times pequenos", afirmou.

"Como não fui decisivo com a camisa do São Paulo? Fiz duas finais de Paulista [em 2003] contra o Corinthians, fiz dois gols e acabamos perdendo", completou.

O centroavante é o quinto maior artilheiro da história do clube, mas só ganhou dois títulos: o Rio-São Paulo de 2001 e a Copa Sul-Americana de 2012 (estava suspenso no segundo jogo da final).

"Entrar em campo sempre com esse peso é difícil. Se o São Paulo ganhar e eu não fizer gols, será que vão me chamar de pipoqueiro?", disse.

Apesar de se considerar injustiçado por setores da torcida, Luis Fabiano admitiu que não vive boa fase.

O camisa 9 marcou só uma vez nas dez partidas do jejum de vitórias e foi substituído no segundo tempo do revés para o Cruzeiro, no sábado.

"Talvez eu precise melhorar em algum sentido. Se ele [o técnico Paulo Autuori] falou que eu preciso me movimentar mais, vamos ajudar."

Mesmo sendo um dos jogadores mais experientes do elenco, o atacante, 32, negou ser um dos líderes da equipe e afirmou ter um bom relacionamento com Rogério.

"Fico triste quando dizem inverdades, que a gente não conversa. Somos amigos desde 2001. Mas são coisas que acontecem na fase ruim."

As maiores séries sem vitórias da história do São Paulo, que o time pode igualar hoje, aconteceram em 1951 e 1986.

TORMENTO

Antes palco de glórias, o Morumbi se transformou em tormento para o São Paulo.

O time disputa hoje o quinto jogo em casa neste mês preocupados com o clima que os espera no estádio. "A gente precisa que o Morumbi seja um ponto positivo para gente, não um ponto negativo", disse Luis Fabiano.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página