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Após 1 ano, parque de Londres-12 é reaberto

OLIMPÍADA
Adaptada para lazer e moradia, área é maior legado dos Jogos

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

Um ano depois de sediar os Jogos de 2012, Londres fará festa neste fim de semana para marcar o início da reabertura do parque olímpico.

O evento, que conta com o homem mais veloz do mundo, o jamaicano Usain Bolt, será o primeiro teste do chamado legado da competição.

As autoridades britânicas dizem ter se inspirado no velocista para garantir, em tempo recorde, que as oito principais instalações do parque terão uso pós-Olimpíada.

Para que a promessa fosse cumprida, algumas delas passaram por um processo de encolhimento radical. É o caso do parque aquático, que teve a capacidade reduzida de 17.500 para 2.500 pessoas.

O estádio Olímpico, que receberá teto retrátil para ser usado no inverno, foi arrendado ao clube West Ham e receberá jogos do Campeonato Inglês, além de shows e outras competições esportivas.

A ordem é não deixar elefantes brancos, como ocorreu em outras cidades-sede, e evitar a ideia de que o dinheiro público foi desperdiçado com um evento de três semanas.

As autoridades repetem a todo instante que a região leste de Londres ganhará uma área de lazer equivalente a 357 campos de futebol, quase o tamanho do Hyde Park.

O parque olímpico ainda terá moradias para 30 mil pessoas, parte delas nos apartamentos dos atletas. Os primeiros moradores começarão a se mudar no mês que vem.

Uma tarefa mais difícil é provar que os Jogos também foram um bom negócio em termos financeiros. Para isso, o prefeito Boris Johnson e o premiê David Cameron têm despejado números e relatórios. Parte dos dados é contestada pela imprensa local.

Johnson diz que o investimento de R$ 30 bilhões em verbas públicas já teria sido recompensado com a entrada de R$ 34 bilhões em investimentos ligados, segundo ele, ao sucesso da Olimpíada.

A conta inclui a abertura de shopping centers e a construção, com capital chinês, de distrito comercial a quilômetros da região dos Jogos.

Conhecido pelas bravatas, Johnson tem dito que a euforia olímpica é responsável até pela alta da natalidade. Ele afirma que neste ano nascerão mais de 137 mil bebês na cidade, incluindo George, filho do príncipe William e Kate Middleton. "É o maior baby boom desde 1966, quando a Inglaterra venceu a Copa."

CAUTELA

Outras autoridades compartilham o otimismo, mas têm sido mais cautelosas. "Legado é coisa de longo prazo. Só poderemos julgar o que foi feito em dez anos ou mais", disse ao jornal "Financial Times" Dennis Hone, presidente da empresa pública que cuida do pós-Olimpíada.

Entre os desafios está o de melhorar indicadores sociais nos bairros vizinhos ao parque olímpico, que continuam abaixo da média da cidade.

Apesar do ceticismo da imprensa, Londres parece já ter garantido a medalha de ouro na comunicação.

Segundo pesquisa realizada pelo instituto YouGov, só 2% dos britânicos acham que os gastos no evento, realizado em plena crise, tiveram impacto negativo para o país.


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