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Apatia corintiana alivia crise do Santos

SÉRIE A
Alvo de protesto, time da Vila Belmiro sai em desvantagem, mas joga melhor e empata em 1 a 1 com rival

DIEGO IWATA LIMA MARCEL RIZZO ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

O desinteresse corintiano em buscar a vitória somado à instabilidade emocional e técnica do Santos resultou em um empate justo por 1 a 1 ontem à noite na Vila Belmiro.

Anestesiado pelos recentes acontecimentos no campo (derrota de 8 a 0 para o Barcelona) e fora dele (demissão de dirigente), o santista estava apático antes do jogo.

Os mais de 8.000 torcedores, público inferior às últimas partidas na Vila, nem xingaram os corintianos quando estes subiram ao gramado para o aquecimento.

O comportamento mudou ao longo do jogo, quando o Santos mostrou-se melhor.

"Hoje, jogamos pelo associado, pelo torcedor, pelos conselheiros e pela honra do Santos", disse o lateral esquerdo Léo, que, de xingado antes do jogo, foi até aplaudido quando substituído.

O Corinthians chegou a 18 pontos, interrompeu o embalo e perdeu a chance de se aproximar da ponta. O líder, Cruzeiro, tem 24 pontos. O Santos, com 13, não se distancia das últimas posições.

"Tínhamos de ter matado o jogo no primeiro tempo", lamentou o corintiano Ralf.

A apatia do torcida santista foi quebrada pelo próprio Corinthians. Ao abrir o placar, aos três minutos de jogo, os visitantes despertaram os brios dos donos da casa.

Romarinho bateu escanteio, Danilo desviou e Paulo André, sozinho, fez 1 a 0. Ao seu estilo, o Corinthians recuou após o gol e tentava controlar o jogo com passes curtos e subidas ao ataque apenas em bolas esporádicas.

Machucado pelo instável momento político e técnico, ao Santos só restava mesmo tentar reverter o placar.

Sem muita organização e com vontade de sobra, a equipe buscava as ações ofensivas, tendo Montillo como principal organizador, mas parava no nervosismo.

O time santista passou muito mais tempo que o Corinthians com a bola. Tite voltou para o segundo tempo com Pato no lugar de Guerrero, que pouco pegou na bola. Mas o Santos seguiu melhor.

O empate saiu aos dez minutos, em boa bola enfiada por Montillo para a conclusão de Willian José, um dos mais criticados pela torcida.

Àquela altura, uma virada santista parecia questão de tempo. Contudo, a euforia logo deu lugar a um conformismo por parte dos dois times, ampliado pelas expulsões de Willian José e Paulo André, após discussão generalizada.

Se com 11 em campo o Corinthians já parecia satisfeito, após as expulsões, o time abdicou de ganhar o jogo.

E do lado santista, apesar de haver mais vontade, após tanta turbulência nas últimas semanas, um empate com seu algoz mais recorrente, atual campeão mundial, também não foi mau negócio.

PROTESTO

Antes do jogo, fora do estádio, o torcedor santista protestou com veemência. Na chegada do ônibus o time, houve xingamentos --latas de cerveja foram arremessadas, sem danos ao veículo.

Panfletos distribuídos por torcidas organizadas pediam a saída do presidente Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro, de membros do conselho e perguntavam: "Onde está o dinheiro da venda de Neymar?".


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