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Foco

Mais novo que principal astro do time, treinador novato põe Coritiba no G-4

Há menos de um ano no comando de uma equipe profissional, Marquinhos Santos, 34, é bancado por cartola e ídolo do clube

LUIZ COSENZO DE SÃO PAULO

Mais novo que o meia Alex, principal jogador e ídolo da torcida, e há apenas 337 dias como treinador de uma equipe profissional, Marquinhos Santos, 34, tem um currículo diferente da maioria dos seus companheiros de profissão.

O técnico do Coritiba, que iniciou a rodada de ontem do Brasileiro em terceiro, trocou, ainda jovem, os campos pela sala de aula para se formar em educação física.

O começo foi em um projeto de intercâmbio do Atlético-PR em 2004. Três meses depois, assumiu o time sub- -15 e passou por todas as outras categorias até deixar o clube em 2009 e se transferir para o maior rival, o Coritiba.

"Tive problemas particulares com a família e com o empresário e parei de jogar com 19 anos. Perdi o gosto de jogar e resolvi estudar", disse.

No time alviverde ficou até 2011, quando aceitou o convite da CBF para treinar as categorias de base. Voltou em setembro do ano passado para dirigir a equipe principal.

"Estávamos um ponto da zona de rebaixamento, mas aceitei o convite. Conseguimos sair daquela situação e terminamos o Brasileiro em 13º. Agora, vejo um time muito focado, um grupo forte e que busca algo diferente."

"Sou dedicado e me considero um estudioso. Tenho um acervo de jogos gravados e procuro analisar os adversários. Dependendo do jogo, temos um tipo de marcação."

Na primeira chance como técnico oficial --já tinha dirigido a equipe em um jogo em 2010--, Marquinhos teve de lidar com algo incomum. Aos 34 anos, é mais jovem que o principal jogador do time, o meia Alex, 35, contratado em 2012. Lincoln, 34, e Deivid, 33, são outros veteranos.

"O nosso relacionamento é muito tranquilo. A gente se pauta muito pelo respeito. Sou muito tranquilo e procuro ouvir os jogadores, mas o comando é meu, a estratégia é minha, e eles respeitam."

"A situação que você mostra, e isso acontece no jogo, faz com que o atleta confie e aceite o que lhe é proposto."

Alex e o superintendente de futebol do clube, Felipe Ximenes, demonstram confiança no trabalho do técnico.

"O Marquinhos não foi uma aposta. Tínhamos conhecimento do que estávamos fazendo. Ele tem um potencial muito grande", analisou Felipe Ximenes.

"A maneira de ele pensar é muito parecida com a dos grandes treinadores. A idade não influencia em nada. Quando olho para o Marquinhos, não penso em quantos anos ele tem. Temos uma relação de hierarquia. Ele é quem manda", disse Alex.

Marquinhos também é ambicioso em suas metas. "Consegui muita coisa precoce na carreira. Penso, sim, na seleção. Quem sabe na Copa de 2022 ou 2026", afirmou.

O Coritiba pega hoje o Grêmio, às 21h, em Porto Alegre.


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