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Entrevista - José Maria Marin

Lula não participará da disputa da CBF

Ex-presidente da república é amigo de Andres Sanchez, que faz oposição à gestão Marin

FERNANDO RODRIGUES ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS

Depois de uma conversa com Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da CBF, José Maria Marin, disse ter ficado convencido de que o político petista não vai fazer campanha por algum candidato na sucessão da entidade máxima do futebol brasileiro.

"Ele [Lula] me garantiu que não irá participar de qualquer disputa na CBF", declarou o cartola à Folha.

Lula torce pelo Corinthians e é amigo de Andres Sanchez, ex-presidente do clube, desafeto de Marin e possível candidato de oposição.

"Ele [Lula] poderá ter simpatia, o que é legítimo. Poderá até dar o seu apoio pessoal. Mas não irá fazer campanha por nenhum candidato. Tenho certeza absoluta", afirmou o principal cartola do futebol brasileiro.

A entrevista foi concedida na cidade fluminense de Teresópolis, a 90 km do Rio.

A Folha solicitara havia algum tempo uma conversa com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Ele convidou a reportagem para acompanhá-lo, na última sexta-feira, em viagem no helicóptero da entidade, que o transportou de São Paulo até a Granja Comary, centro de treinamentos da seleção, naquele município serrano.

Marin, 81 anos, detalhou o cronograma para a sucessão no comando da CBF. Seu mandato vai até abril de 2015.

Como o estatuto da entidade permite que a eleição se dê até um ano antes da posse do novo presidente, ele disse pretender realizar a disputa em abril ou maio de 2014, antes da Copa do Mundo.

"Não medirei esforços, de uma maneira franca e leal, mas respeitosa, para eleger o meu sucessor", declarou.

A pessoa deve ser Marco Polo Del Nero, atual vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol. Marin o elogia, mas evita nomeá-lo já de maneira explícita como sucessor.

Quando será o anúncio público de seu candidato?

"Devo falar o nome, possivelmente, por ocasião da inauguração da nova Granja Comary ou da inauguração do novo prédio da futura sede da CBF, o que deverá ocorrer em dezembro ou janeiro", disse o dirigente.

Nacionalista convicto, Marin reclamou há algum tempo ao treinador da seleção, Luiz Felipe Scolari, da displicência de jogadores durante a execução do hino nacional.

Como providência, ao serem convocados, os atletas agora recebem um papel com a letra do hino.

Marin quer mais. Considerou bom o desempenho dos jogadores na conquista do título da Copa das Confederações, no jogo entre Brasil e Espanha. Encomendou CDs com as imagens.

"Eu vou agora desejar boas vindas aos futuros integrantes da seleção brasileira também com um CD especial, um verdadeiro ato de civismo dos nossos jogadores", disse.

Admirador de Scolari, com quem diz conversar "quase diariamente", Marin acredita que seu treinador "já tenha, no mínimo, 17 jogadores como certos para a Copa do Mundo" no Brasil.

A partir de agora, só fará testes para preencher a lista final de 23 --o time se apresenta hoje para amistoso na Suíça, na quarta.

Na entrevista, o presidente da CBF --também comandante do comitê organizador do Mundial de 2014-- reafirmou ainda que todos os 12 estádios estarão prontos para a Copa de 2014. E que a abertura do torneio "será em São Paulo, na Arena Corinthians, em Itaquera".


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