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'Temos que consertar o avião em voo', diz vice do São Paulo

SÉRIE A
Cartola aponta dificuldades para reforçar time; em meio à crise, patrocinadora pretende reduzir contrato

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

A frase do título acima, dita pelo vice-presidente de marketing do São Paulo, Julio Casares, resume o cenário em que o time se encontra no Campeonato Brasileiro.

A crise são-paulina ganhou peso com a eliminação na Libertadores, em maio.

A queda acirrou os ânimos dos dirigentes, provocando a antecipação da disputa pela eleição à presidência do clube, marcada para 2014.

Era só o começo. Pressionado, o presidente Juvenal Juvêncio mudou a diretoria de futebol. Adalberto Baptista saiu, Gustavo Oliveira (filho do ex-jogador Sócrates e sobrinho de Raí) chegou, e mais um dirigente deve ser contratado pelo clube.

Como se não bastasse, outra dor de cabeça aparece fora de campo.

A Semp Toshiba, principal patrocinadora, pretende diminuir o tempo de contrato, que termina em dezembro de 2014 e rende R$ 23 milhões anuais aos cofres tricolores.

Um encontro entre executivos da empresa e do clube deve acontecer nos próximos dias. "Eles não querem rescindir", pondera Casares.

A redução do contrato, contudo, é muito provável, possibilidade que assusta os dirigentes são-paulinos.

O Palmeiras, por exemplo, foi rebaixado à segunda divisão em 2012 e manteve o patrocínio com a Kia só até o fim do Paulista. Até agora, porém, não conseguiu fechar um novo acordo publicitário.

ENCURRALADO

Dentro de campo, a queda é cada vez mais preocupante. O time está na zona do rebaixamento, com nove pontos em 12 jogos, e não vence há dez partidas no Campeonato Brasileiro.

Para acertar o time, o técnico Paulo Autuori precisará lançar mão de jogadores que tem no elenco e que até agora não renderam bem.

A diretoria até procura reforços. Um zagueiro, por exemplo, para substituir Lúcio. Por indisciplina, ele treina separado do elenco.

"Estamos sempre atentos aos jogadores no mercado", disse Milton Cruz, coordenador técnico do clube.

Mas o mercado limita as opções do São Paulo. Os jogadores que chegarem, se é que chegarão, serão apenas para compor o grupo.

Isso porque a janela de transferências do exterior para o Brasil fechou no dia 20 de julho. As opções seriam atletas da Série A que não completaram sete partidas e atletas de divisões inferiores, como a B ou a C.

No entanto, os jogadores que interessavam da Série A, segundo apurou a Folha, já completaram sete jogos.

APOSTAS

O elenco são-paulino atual reflete as vontades de Juvenal Juvêncio e do ex-diretor Adalberto Baptista.

Juvenal tem como xodó o centro de formação de jogadores em Cotia, de onde saíram vários atletas do atual elenco do time.

Rodrigo Caio, Lucas Evangelista, Ademilson e Wellington fazem parte dessa lista e já estão sendo usados por Autuori, indicação de que o técnico sabe que terá que se virar com o que tem em mãos para tirar o time da crise.

No domingo, contra a Portuguesa, Lucas Evangelista jogou. Osvaldo --que até o início do ano aparecia em listas de convocações da seleção brasileira-- ficou como opção no banco.

Baptista foi o responsável pelas contratações de medalhões, como Luis Fabiano e Ganso, atletas de renome que têm decepcionado a torcida.

A verdade é que não será simples consertar o avião são-paulino em pleno voo.


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