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Análise

Problema não é a apatia, mas a expectativa após título mundial

TOSTÃO COLUNISTA DA FOLHA

É muito difícil para uma equipe ganhar vários títulos seguidos, a não ser que tenha, além de um ótimo conjunto, vários jogadores excepcionais. Não era o caso do Corinthians, mesmo quando ganhou o título mundial.

Para fortalecer o ataque e não depender tanto de vitórias por um gol de diferença, o clube contratou Pato e Renato Augusto. O ataque ficou pior. Pato é uma decepção, pelo que se esperava dele, e Renato teve várias contusões.

Taticamente, o Corinthians era uma novidade no Brasil, com seu sistema europeu, com jogadores pelos lados, que marcavam e atacavam, por pressão e com muita disciplina. Hoje, vários clubes brasileiros fazem o mesmo.

O Corinthians perdeu essa vantagem, além de ficar sem Paulinho, bom na marcação e que fazia gols. O ataque é de enorme pobreza criativa. Os jogadores estão obcecados pelo recorde de menos gols sofridos, preferem vencer por 1 a 0 a ganhar por 3 a 1.

Discordo que o problema principal seja a apatia, a ressaca pós-títulos. É mais frequente e mais fácil culpar a preguiça dos jogadores.

Mesmo com a queda técnica, é um dos candidatos ao título brasileiro. A diferença é que não é mais o melhor. Está entre os melhores.

A maior dificuldade é a expectativa criada depois do Mundial. Os torcedores e a imprensa ficaram mal, ou melhor, bem acostumados. É o preço do sucesso.


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