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Futebol perde os ídolos Gylmar e De Sordi

MEMÓRIA Morrem goleiro e lateral direito, campeões na Copa do Mundo de 1958, a primeira vencida pelo Brasil

DE SÃO PAULO

Dois jogadores campeões mundiais em 1958, ano da primeira conquista da seleção brasileira em Copas, morreram neste final de semana.

O ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves, 83, considerado por críticos o maior goleiro do Brasil, estava em São Paulo quando não resistiu às complicações de um infarto que sofreu há uma semana.

No sábado, o ex-lateral direito Nilton De Sordi, que se consagrou como um dos grandes jogadores da história do São Paulo, morreu aos 82 anos, no Paraná, por falência múltipla de órgãos.

Dos 22 jogadores campeões na Suécia, nove estão vivos.

A CBF decretou três dias de pesar e afirmou que a seleção vai jogar de luto contra a Austrália, dia 7 de setembro, em Brasília. Já a presidente Dilma Roussef divulgou nota.

"Gylmar e De Sordi foram decisivos na épica campanha de 1958, responsável por acabar de uma vez com o complexo de vira-lata que perseguia o nosso futebol".

Gylmar foi o único arqueiro até hoje que venceu duas Copas como titular. Depois de 1958, repetiria a conquista em 1962, no Mundial do Chile.

Nascido em Santos, começou a carreira no Jabaquara. Impressionava pela facilidade com que saía do gol para evitar cruzamentos e por seu posicionamento correto.

"Os atacantes evitavam chutar porque ao gol era o Gylmar logo ali. Temiam passar vergonha", disse Pepe, campeão do mundo em 1958.

Em 1951, com quase 21 anos, Gylmar foi negociado com o Corinthians. Foi contrapeso na venda de outro atleta, mas se tornou titular e, pelo clube do Parque São Jorge, seria tricampeão paulista (1951, 1952 e 1954) e bi do Rio-São Paulo (1953 e 1954).

O período sem títulos, que começou em 1954 e só terminou em 1977, fez o Corinthians se desfazer de ídolos. Voltou para a cidade natal, em 1961, para jogar em um dos melhores times da história.

O Santos de Pelé.

"Quando os empresários vinham fechar contrato com o Santos para as excursões, eles queriam o ataque famoso [Durval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe], mas também exigiam a presença do Gylmar, em contrato. Ele era um atrativo", contou Pepe.

Gylmar encerrou a carreira em 1969. Em 2000, teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que lhe tirou movimentos do lado direito do corpo e a fala. Internado de início por causa de infecção urinária, ele sofreu infarto dia 18.

DE SORDI

O ex-lateral sofria de mal de Parkinson (doença neurológica) havia mais de 20 anos e seu quadro piorou há cerca de 40 dias, quando caiu em casa e bateu a cabeça. A saúde se agravou na última segunda, quando foi internado com suspeita de pneumonia.

Embora tenha participado de toda a campanha em 1958, ficou fora da final por causa de uma lesão. Djalma Santos, que morreu em julho, aos 84 anos, foi seu substituto.

No São Paulo, De Sordi disputou 543 jogos e conquistou os Paulistas de 1953 e 1957.


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