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Após perder o emprego, Érika leva prata

JUDÔ
Dispensada pelo Fla em março, atleta vai ao pódio no Mundial menos de um mês após assinar com o Minas

DO RIO

Cinco meses atrás, Érika Miranda não tinha nem equipe para treinar. Seu futuro no judô parecia incerto.

Ontem, ela deixou o tatame do Mundial do Rio com o melhor resultado do Brasil no torneio até agora: uma medalha de prata.

Depois de vencer quatro combates, Érika foi derrotada na final por Majlinda Kelmendi, de Kosovo, que lidera o ranking mundial.

A brasileira perdeu por um ippon na decisão da categoria meio-leve (até 52 kg).

"Estou feliz pelo pódio. Bati muito na trave nos últimos anos e finalmente conquistei uma medalha. Foi uma vitória pessoal", disse a judoca, 26, quinta colocada nos últimos Mundiais que disputou.

"Agora sei o caminho para o ouro e vou me dedicar a chegar lá nos próximos anos."

A prata de Érika foi a segunda medalha do Brasil no Mundial carioca. Anteontem, a piauiense Sarah Menezes ficou com o bronze na categoria ligeiro (até 48 kg).

As mulheres buscam um inédito ouro para o judô feminino do país em Mundiais.

Nenhum homem subiu ainda no pódio nesta edição do campeonato.

Os melhores resultados de Érika até ontem eram uma medalha de prata no Pan de Guadalajara, no México, em 2011, e o título do Grand Slam do Rio, no mesmo ano.

Na Olimpíada de Londres, em 2012, ela perdeu para a coreana Kyung-Ok Kim logo em seu primeiro combate.

A brasileira disse que deixou escapar o ouro em seu "único erro" do dia. "Fui andando para trás e caí. Numa competição de alto nível, você tem que ficar concentrada a cada segundo", disse.

Érika chegou ao Mundial menos de um mês após assinar com o Minas, seu novo clube. Em março, havia perdido o emprego quando o Flamengo decidiu fechar sua equipe de judô --o clube do Rio cortou investimento em diversos esportes olímpicos.

Mãe da lutadora, Maria Lúcia de Sousa era uma das mais empolgadas na arquibancada do Maracanãzinho.

Ela ficava gesticulando e gritando para a filha durante as lutas. "Já fui judoca e sei como é. Durante as lutas, fico tentando entrar na mente dela para dar um golpe. É muito sofrimento", brincou.

Logo após a premiação, Maria foi a primeira a ganhar o abraço de Érika, que deu três beijos na boca da mãe.

"Não quero matar a minha mãe do coração na arquibancada. Estou muito feliz."

Os bronzes ficaram com a japonesa Yuki Hashimoto e a alemã Mareen Kraeh.

NA TV
Mundial do Rio
10h e 16h SporTV e SporTV 2


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