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Entrevista Sergey Bubka

O COI tem que falar a língua da juventude

Maior nome do salto com vara da história é candidato A PRESIDIR o COMITÊ olímpico

MARIANA LAJOLO EDITORA-ADJUNTA DE "ESPORTE"

A mesma dedicação que o levou a se tornar o maior nome do salto com vara da história Sergey Bubka usou para buscar a talvez mais ambiciosa meta de sua vida.

No dia 10, o ucraniano estará em Buenos Aires para a eleição do novo presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional). Aos 49 anos, considera-se pronto para comandar a entidade.

E só tem certeza porque, como fazia quando ainda era esportista, "treinou muito". Bubka entrou para a Comissão de Atletas do COI em 1996. Aposentou-se em 2001.

Presidiu o comitê olímpico de seu país e se tornou vice-presidente da Iaaf (federação internacional de atletismo). Falta o salto maior.

"Agora me sinto pronto", disse à Folha, por telefone, do Rio, onde participa da visita do COI para acompanhar a organização dos Jogos-2016.

Folha - Em 2008, o senhor já se destacava como dirigente mas dizia ainda não estar pronto para comandar o COI. Por que acha que está pronto agora?

Bubka - Há cinco anos, quando dei aquela entrevista a você, não estava mesmo. Hoje tenho muito mais experiência em negócios, esporte, administração esportiva, toda a experiência que ganhei no movimento olímpico desde 1996 [quando entrou para a Comissão de Atletas].

Qual será o maior desafio do novo presidente do COI?

Precisamos engajar os jovens no esporte. Eles não estão mais fazendo atividades físicas. Nós entendemos hoje que as crianças podem fazer atividade física na internet ou em frente à TV. Não estão se mexendo. Vamos falar com os jovens via mídias sociais. O COI pode ajudá-los a saber mais sobre esportes, aconselhar sobre treino, nutrição. Tem que falar a língua deles.

O que precisa ser feito para ampliar o combate ao doping?

Temos tido mais casos positivos, o que pode parecer ruim, mas para mim é bom porque mostra que o sistema tem funcionado. Temos que proteger os atletas honestos e melhorar nossas regras.

Houve controvérsia no Mundial de Atletismo sobre lei antigay russa e as declarações de Ielena Isinbaieva. Qual é sua opinião sobre isso?

Isinbaieva já explicou que foi mal-interpretada. O que gostaria de dizer é que hoje temos todas as garantias das autoridades russas de que não haverá discriminação contra ninguém, atletas, árbitros, dirigentes ou torcedores [nos Jogos de Inverno-2014 e em outros eventos]. Isso é importante.

No Brasil há preocupação sobre o legado de Copa e Olimpíada. Isso preocupa o COI?

Legado tem que ser deixado, isso é muito importante, e o COI quer garantias disso. Temos que entender que a maior parte dos gastos vai em infraestrutura, que vai ficar para o povo. Assim como as instalações esportivas.

Como avalia a Rio-2016?

As autoridades sabem o que precisa ser feito. Temos poucos anos, mas é possível. Mas eles têm que trabalhar muito junto ao COI e não perder mais tempo.

Como é ainda ser o recordista mundial após 19 anos?

Agora estou em uma posição de ajudar e orientar a nova geração. Acredito do fundo da alma que logo saltarão mais alto. Estou otimista.


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