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Lúcio Ribeiro

Desculpa aí, Atlético-PR

Sem casa, com o artilheiro do torneio na reserva e uma má vontade para desaforos, o time do Paraná só sobe

NA semana passada, Lottar Mathaus, ex-ídolo alemão com cinco Copas no currículo, pediu desculpas ao Atlético-PR por uma presepada feita em 2006. Naquele ano, numa surpreendente transação, Matthaus surgiu em Curitiba para assumir o cargo de técnico do Atlético.

Nem dois meses depois, se mandou surpreendentemente para a Alemanha (tais "problemas particulares") e nunca mais voltou. O time não recebeu muito bem as desculpas nem na época, nem agora.

Ainda na semana passada, o Palmeiras apareceu em Curitiba para pedir desculpas ao Atlético pela quarta eliminação na Copa do Brasil, após vitória no primeiro jogo em SP. Os paranaenses, sentindo que não receberiam muito bem o pedido, mandaram o alviverde para casa com um 3 a 0 incontestável e foram eles desta vez adiante no mata-mata nacional.

O Atlético-PR está mostrando que em 2013 não está muito a fim de engolir desaforos. Não faz mês e meio, era o penúltimo colocado do Brasileirão, o 19º, e tinha que ouvir piadinhas do rival Coritiba, em uns momentos o líder do torneio quando o rival chafurdava no Z-4.

Mas a equipe juntou os cacos, juntou a torcida ressabiada e virou o atual time mais surpreendente do Nacional, chegando a terceiro, sem poder jogar em casa (a Arena está sendo preparada para a Copa) e com o artilheiro do campeonato que, até (mais) provar o contrário, é reserva do time. O Atlético-PR é o time do momento, sem ser o melhor time. O Coxa está em sexto, hoje.

A arrancada do Atlético-PR mostra o rubro-negro com fôlego impressionante. Ou com menor desgaste que o resto, que fica trocando de lugar na tabela. E a recusa de engolir desaforos quando o ano começou pode explicar muito isso.

Quando ia começar o Estadual, o presidente Mário Celso Petraglia, por achar o torneio deficitário, queria receber nos contratos de TV o mesmo que os grandes mineiros recebiam. Diante da recusa da Globo, detentora dos direitos dos jogos, o Atlético-PR não só não assinou nenhum acordo de transmissão como botou seu terceiro time para disputar o Estadual. O titular acabou fazendo a maior pré-temporada do futebol brasileiro, aprimorando as partes física e tática, descolando umas partidas internacionais e uns amistosos para jogar o jogo jogado.

O time 3 do Atlético, uma formação sub-23, foi à final do Paranazão, perdendo para o Coxa, de Alex, mas ganhando jovens cascudos.

A teoria que explica o péssimo início do time no Brasileiro, com o titular, era a falta de ritmo de jogo oficial. E alguns problemas de elenco.

Com a chegada de Mancini, um dos primeiros atos foi convocar os jogadores mais experientes para um papo, um pacto. Deu moral a alguns deles, que estavam na reserva, soube mesclá-los com os tais jovens cascudos e agora está indo para o alto e avante. Sem mais desculpas.


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