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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO

A reação possível

O São Paulo precisa parar de sofrer gols, e o Corinthians, começar a marcá-los

Quatro pontos de distância para fora da zona de rebaixamento é a mesma diferença do Fluminense, 19º colocado, no fim do primeiro turno de 2009.

Naquele ano em que Cuca comandou a grande reação tricolor, do Rio, a distância chegou a cinco pontos quatro rodadas antes do fim da campanha.

O Fluminense fugiu do rebaixamento com intensa participação de sua torcida.

A situação do São Paulo não é difícil pela diferença de pontos.

É complicada porque a equipe não vence partidas em casa, como na derrota para o Criciúma por 2 x 1, na quinta-feira.

A situação do Corinthians pode ser pior se seu ataque não começar a fazer gols.

O time de Tite é dono da segunda melhor defesa da história do Brasileiro por pontos corridos --só o São Paulo 2007 levou um gol a menos até a 19ª rodada. Mas seu ataque é inoperante.

Estatisticamente, o Cruzeiro tem menos posse de bola do que o Corinthians. No Brasileiro, diferente dos campeonatos da Europa, a posse de bola não é sinônimo de produção ofensiva.

Só há duas grandes reações na história dos pontos corridos.

Em 2008, o São Paulo estava 11 pontos atrás do Grêmio no final da primeira rodada do returno.

Terminou três à frente dos gremistas e fez 11 gols a mais do que o rival no returno.

Em 2009, o Flamengo esteve 13 pontos atrás do Palmeiras, líder, a 15 rodadas do fim da campanha.

No caso do Fla, o que melhorou foi a defesa, vazada apenas sete vezes até o título --o ataque marcou 25, como o Palmeiras em queda da liderança para a quinta posição.

O São Paulo precisa parar de sofrer gols, como o Flamengo de 2009.

O Corinthians precisa começar a marcá-los.

Nem o Corinthians ganhar a taça nem o São Paulo escapar do rebaixamento é missão inviável.

Com os índices atuais, da defesa tricolor --mais de um gol sofrido por partida-- e do ataque corintiano ""um gol marcado por rodada"" é impossível reagir.

Os 42 gols do Cruzeiro indicam um caminho melhor.

De 1996 a 2006, todos os ataques mais positivos do Brasileirão terminaram com o título, exceto o Vasco de 2000.

Nos últimos sete anos, a história transformou-se.

A melhor defesa conquistou os três últimos campeonatos, mas sair do bloco intermediário para se aproximar da liderança exige ousadia "" o Corinthians precisa disso.

Escapar do rebaixamento implica fechar o vazamento defensivo.

Paulo Autuori não vai conseguir evitar o fracasso se não seguir essa receita fora de casa.

E se não começar a ser ousado para ganhar jogos no Morumbi. Das nove vezes em que foi anfitrião, o Tricolor só venceu duas.

Isso tem de mudar.

TIRO CERTO

De todos os jogadores recém-contratados do Palmeiras, o mais importante é Alan Kardec. Joga como centroavante e como ponta. Se precisar, ocupa a ponta de lança, função de Valdivia. Ele e Mendieta podem formar a espinha dorsal para o time do ano que vem, na Série A, no ano do centenário.

VACILO

Júlio Baptista e o zagueiro Dedé são os dois jogadores que recebem salário acima dos R$ 500 mil mensais do elenco do Cruzeiro, líder do Campeonato Brasileiro. Ceará está na faixa de ganhos de R$ 300 mil. É essa a conta certa, como foi publicado em algumas edições na coluna de ontem.


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