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São Paulo apela a Muricy, preterido dois meses atrás

SÉRIE A
Clube demite Paulo Autuori, que teve dez derrotas em 17 jogos

DO PAINEL FC DE SÃO PAULO

Dois meses atrás, a diretoria do São Paulo trabalhava com duas opções para substituir Ney Franco e tentar tirar o time do buraco: Paulo Autuori e Muricy Ramalho.

O presidente Juvenal Juvêncio, amparado por seu líder dentro de campo, o goleiro e capitão Rogério, escolheu o primeiro. Mas agora voltou atrás nessa decisão.

Na tarde de ontem, Autuori foi chamado pela diretoria para uma reunião, na qual foi anunciada sua demissão. Prontamente, Muricy foi contratado para substituí-lo.

O retorno do técnico ao Morumbi acontece quase quatro anos e três meses depois de deixar o clube. Detalhes de seu novo contrato, como prazo, não foram divulgados pelo São Paulo, mas a Folha apurou que Muricy não aceitaria simplesmente um contrato curto, até o fim do ano.

A troca no comando técnico do São Paulo foi decidida ontem mesmo, baseada em uma série de fatores. A diretoria não conseguia enxergar um esboço de reação no time.

Aproveitou duas circunstâncias para promover a mudança: o início do segundo turno do Campeonato Brasileiro e o fato de Muricy ainda estar disponível no mercado.

O treinador, que será apresentado hoje ao elenco, já treinará o time e comandará a equipe na partida de quinta-feira, ante a Ponte Preta.

Seu retorno ao Morumbi, no entanto, não será da maneira como queria: com tempo para trabalhar e liberdade para construir um elenco com as características do seu estilo de jogo. Mas, sim, em situação de emergência.

Se dois meses atrás, quando teve a volta cogitada, o São Paulo queria unir o grupo de jogadores e ainda sonhava até com o título brasileiro, agora permanecer na Série A é o único objetivo palpável.

Em 17 jogos, Autuori acumulou dez derrotas, quatro empates e míseras três vitórias. Sob seu comando, o time despencou da décima para a antepenúltima colocação da primeira divisão nacional.

O São Paulo fez o pior primeiro turno de sua história na era dos pontos corridos no Brasileiro, iniciada em 2003.

Com 18 pontos ganhos, está a quatro de conseguir deixar a zona do descenso.

O risco de rebaixamento fez Juvenal ignorar o bom relacionamento com Autuori e o pouco tempo que o técnico teve para preparar a equipe (quase um jogo a cada três dias, com viagem para Europa e Ásia nesse ínterim).

O técnico deixou o São Paulo ontem com aproveitamento de 25,5% dos pontos.

A gota d'água para a troca de comando foram as duas derrotas consecutivas que impediram que o time saísse do grupo do rebaixamento após mais de um mês --2 a 1 para o Criciúma, em casa, na quinta-feira, e 2 a 0 ante o Coritiba, anteontem, fora.

Muricy Ramalho estava sem trabalhar desde maio, quando foi demitido do Santos, onde foi campeão da Libertadores em 2011.

Jogador do clube nas décadas de 1960 e 1970, Muricy foi auxiliar de Telê Santana no início dos anos 1990.

O maior período no São Paulo foi do início de 2006 até o meio de 2009, quando conquistou três Brasileiros seguidos, títulos que fizeram a torcida pedir sua volta agora, no momento em que o clube vive grande crise. (BERNARDO ITRI, MARCEL RIZZO E RAFAEL REIS)


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