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Estádio do RS receberá R$ 7 milhões do governo

COPA-2014
Arena gaúcha é tida como modelo em uso de recursos privados

(FELIPE BÄCHTOLD) DE PORTO ALEGRE

Exibido como o estádio da Copa de 2014 com a maior injeção de recursos privados, o Beira-Rio, em Porto Alegre, vai receber aporte milionário do governo federal.

O Ministério do Esporte irá bancar a construção do calçamento de um pátio do complexo que não tinha sido contemplado no acordo do Internacional, dono do local, com a Andrade Gutierrez, responsável pelas obras e pela gestão nos próximos 20 anos.

O custo estimado das obras é de, ao menos, R$ 7 milhões. A área fica ao redor do estádio e era usada pelo clube antes da reforma. Mas pertence à prefeitura, que não quis intervir com recursos próprios.

Parte desse setor deve ser usado para receber equipamentos para as transmissões de TV. Outro trecho pode servir como estacionamento.

Na reforma, além do calçamento, haverá um sistema de drenagem. O município vai receber recursos federais e fará essa parte da construção.

PRESSA

O procurador-geral-adjunto da prefeitura, Marcelo do Canto, afirma que havia pressa para resolver o impasse porque a área para a TV precisa estar pronta com antecedência. "É mais ou menos como fazer um prédio e não ter calçada de acesso", diz.

Um outro setor do entorno ainda gera incerteza. Essa área também ficou de fora do contrato com a empreiteira, mas, por ser privada, há obstáculos para o uso de verba pública.

A decisão do governo ocorre após a presidente Dilma Rousseff, no auge da onda de protestos de junho, afirmar que "jamais permitiria que recursos saíssem do orçamento público federal" para arenas.

A reforma privada do Beira-Rio é citada pelos governantes gaúchos como contraponto a quase todos os estádios do Mundial. Até obras particulares, como o Itaquerão, em São Paulo, ou a arena do Atlético, em Curitiba, receberam benefícios públicos.

Antes do novo Beira-Rio, uma lei gaúcha garantiu isenções de ICMS até um teto de R$ 30 milhões. Pronta em 2012, a Arena do Grêmio ganhou igual benesse, mesmo sem jogos do Mundial.

Do município o Beira-Rio também teve isenção de impostos. O custo total da reforma é estimado em R$ 330 milhões. A obra está 82,5% concluída, diz a empreiteira.

OUTRO LADO

O Ministério do Esporte informou que os custos e datas da obra no Beira-Rio ainda não estão definidos.

Questionada sobre a promessa de não investir dinheiro federal nas arenas da Copa, a pasta, por meio de sua assessoria, disse que está apoiando a "viabilização" de obras em áreas públicas.

A reportagem também procurou a BRio, empresa integrada pela Andrade Gutierrez e que administra o estádio. A gestora afirmou que o clube deveria se manifestar.

A empreiteira vai explorar no Beira-Rio uma espécie de shopping, com lojas e um edifício-garagem, além de publicidade, camarotes e atividades promocionais. A capacidade será de 50 mil pessoas.

O Inter disse que trabalha para viabilizar a urbanização das áreas do entorno.


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