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Abismo

Vizinhos de muro, mas muito distantes em termos de estrutura, Corinthians e Portuguesa se enfrentam hoje pelo Brasileiro

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

Distância é um conceito relativo quando o assunto é Corinthians e Portuguesa hoje. Na tabela do Brasileiro, os alvinegros estão só três pontos à frente dos rubro-verdes.

Os dois times jogam às 16h, em Campo Grande, para onde a Lusa levou o jogo.

Geograficamente, também estão próximos. Só um muro separa os centros de treinamentos na região do Parque Ecológico do Tietê.

Em termos de estrutura, porém, há um abismo entre os vizinhos da zona leste. "Não há como comparar", reconhece Luís Iaúca, vice-presidente da Portuguesa. "Hoje, eles têm uma estrutura do nível do Barcelona".

Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians e ex-jogador de times como Arsenal e Valencia, concorda: "De fato, o nível aqui é europeu".

Inaugurado no fim de 2010, o CT Joaquim Grava chama a atenção. Além dos cinco campos --dois deles com um tipo de grama especial para evitar lesões--, prevalece no local um cuidado em oferecer aos jogadores o conforto máximo.

A começar pela hospedagem. Um hotel classificado como "quatro estrelas", com 32 quartos, serve de concentração para os jogadores desde o fim de 2011. Quando não estão treinando, os jogadores podem se distrair na lan house, na sala de leitura e até no campo de minigolfe.

Para uma oração antes do jogo, os religiosos podem se dirigir ao templo ecumênico.

Ali ao lado, no CT da Portuguesa, os jogadores não costumam ficar longos períodos. Não há muito o que fazer além de correr pelos gramados e fortalecer os músculos na modesta academia.

Construída no local em 2011, tem equipamentos em bom estado de conservação, mas não se observa o requinte da academia alvinegra.

Existe um alojamento no CT luso. Com beliches e algumas camas, o local costuma receber atletas da base. Mas, para os profissionais, não há condições de hospedagem.

Nos cuidados médicos, as diferenças saltam à vista. Batizado em homenagem ao ex-jogador Ronaldo, incentivador do projeto no Corinthians, o laboratório R9 reúne uma parafernália que inclui computadores, câmeras e até sensores no piso. O objetivo é recuperar as lesões, além de preveni-las.

Enquanto isso, na Portuguesa, a sala de fisioterapia ainda está incompleta.

DIFERENÇA MUSCULAR

"É claro que não está como gostaríamos", diz o vice-presidente da Portuguesa.

"Estamos aguardando a liberação de cerca de R$ 5 milhões em verbas captadas via lei de incentivo para trazermos 80 atletas da base para o CT", afirma o cartola.

Embora esteja em outro patamar, o Corinthians também quer mais.

Uma parte do terreno já foi terraplanado para receber as instalações das categorias de base do clube.

Como conta Carlos Ojeda, diretor de engenharia do clube, outra mudança é a ampliação da academia de musculação, com projeto de Ruy Ohtake, um dos mais celebrados arquitetos de São Paulo.

Hoje, no entanto, o que interessa está dentro de campo. Continuarão vizinhos na zona leste paulistana, mas talvez deixem de ser tão próximos na tabela do Brasileiro.


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