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Diretoria corre para evitar mico com o Morumbi
DE SÃO PAULOO presidente Juvenal Juvêncio luta contra o tempo para que uma das maiores reformas estruturais dos nove anos de sua gestão não se transforme em um mico.
O projeto de cobertura das arquibancadas do Morumbi e ampliação do conceito de arena multiuso está travado há quase um ano.
E não há certeza de que a reforma começará até abril de 2014, quando o São Paulo elege novo mandatário.
"A demora é ruim porque fica parecendo que não estamos fazendo nada. Mas estamos trabalhando para conseguir iniciar as obras antes das eleições", afirmou o assessor da presidência, José Francisco Mansur.
A diretoria promete resolver neste mês as últimas pendências que lhe cabem e assinar contratos finais com a construtora Andrade Gutierrez e a XYZ Live, que trabalharão na gestão do estádio.
Mas não dá detalhes sobre a espera pela aprovação do contrato de financiamento com o Banco BTG Pactual, que é analisada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). "Protocolamos o pedido há nove meses. É difícil fazer obras privadas no Brasil. Quando há recursos públicos fica bem mais fácil", adicionou Mansur.
Os R$ 408 milhões de custo da obra, inicialmente cotada em R$ 300 milhões, serão bancados por um fundo de investidores captados pela Andrade Gutierrez.
O São Paulo esperava obter a aprovação financeira do fundo em dois meses. O tempo estimado das obras vai de 12 a 18 meses.
"Nossa ideia original era entregar o Morumbi para a torcida antes do Juvenal deixar a presidência, até abril do ano que vem", lembrou o vice social Roberto Natel.
A cobertura das arquibancadas era parte do projeto do São Paulo para receber a Copa-2014. Mesmo após falhar no plano de colocar o estádio no Mundial, Juvenal prometeu que manteria a reforma.
Algumas obras, como a implantação de cadeiras em todo o estádio, já foram realizadas. Outras ainda estão em andamento --melhoria dos sanitários é uma delas.
A construção da cobertura no anel superior dará ao Morumbi a possibilidade de contar com uma arena multiuso em eventos para 25 mil pessoas, o que não prejudicará o gramado. (RR)