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Governo federal indica general para autoridade olímpica

2016
Missão de militar à frente da APO é buscar conciliação com demais órgãos ligados à preparação

FILIPE COUTINHO NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Após perder relevância na preparação dos Jogos Olímpicos de 2016, a APO (Autoridade Pública Olímpica) será comandada pelo general Fernando Azevedo e Silva. Ele substituiu Márcio Fortes, que se demitiu em agosto.

A indicação, feita após uma sugestão do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi sacramentada ontem pela presidente Dilma Rousseff.

Para valer oficialmente, o nome do militar ainda precisa ser aprovado pelo Senado, depois de sabatina, para que assuma as novas funções.

A APO é um consórcio formado entre União e os governos do Rio de Janeiro para tocar a preparação e realização da Olimpíada de 2016.

A nomeação ocorre uma semana após o comitê organizador dos Jogos Olímpicos ser duramente criticado.

A três anos do evento, a falta de planejamento põe em risco obras e inviabiliza estimativas sobre o custo de projetos e identificação de responsáveis, conforme apontou o Tribunal de Contas da União após fiscalização.

Com orçamento de mais de R$ 15 bilhões, as obras são responsabilidade da União e dos governos, em modelo de organização inédito no país.

Desde seu início, em 2010, a estrutura tripartite teve problemas políticos. A prefeitura do Rio, por vezes refratária à interferência, nunca quis dividir a proeminência da Olimpíada com o órgão.

A interlocutores, o ministro Aldo Rebelo afirmou ter optado por uma solução "técnica e profissional".

Um dos objetivos do governo federal é reduzir as tradicionais fricções, além de indicar alguém experiente.

Márcio Fortes, ex-presidente da APO, deixou a função após perder poderes.

O TCU afirmou que a APO tem sofrido um "esvaziamento do papel de coordenação".

O tribunal destacou que o governo e a prefeitura do Rio preferiram criar novos órgãos em vez de fortalecer a instituição. "Atualmente, a APO não possui funcionários do Estado ou município do Rio. De sorte que é que vista pelos diversos atores como uma entidade federal. A despeito de serem consorciados na APO, os demais entes preferiram criar sua própria estrutura", diz o relatório do TCU sobre o caso.

Auxiliares da pasta afirmam que o ministro incumbiu o general de trabalhar pela conciliação dentro da APO, sob justificativa de que não dá para fazer uma Olimpíada com entes brigando entre si.

A Folha apurou que Rebelo avisou ao presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, que faria a indicação.

O general Azevedo e Silva foi presidente da comissão de desporto militar do Exército.

Ele também integra o grupo de trabalho entre os ministérios do Esporte e da Defesa para a preparação dos Jogos Olímpicos e hoje é diretor do Departamento de Desporto Militar da Defesa.

Sua indicação dá fôlego ao setor militar em outra disputa, esta entre o Ministério da Justiça e da Defesa, pelo comando da segurança dos grandes eventos.


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