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Clube precisará de ficha limpa para jogar Libertadores

FUTEBOL
Conmebol inclui em estatuto regra que cria exigências financeiras, entre outras, para seus torneios

MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) incluiu em novo estatuto a exigência de que clubes apresentem balanços financeiros e não acumulem dívidas.

São esses requisitos, entre outros, para participar de suas competições, incluindo Libertadores e Sul-Americana, como apurou a Folha.

Aprovadas em agosto, as exigências serão divididas em cinco áreas: financeira, administrativa, jurídica, de infraestrutura e esportiva. Os clubes terão que cumprir vários requisitos para obter uma licença anual para jogar qualquer torneio da Conmebol.

A entidade deve divulgar em breve as diretrizes, mas a Folha apurou que vai seguir o modelo que é adotado pela Uefa (União Europeia de Futebol) desde 2003 e que a Fifa ratificou, em 2007, com a criação de seu Regulamento de Licenciamento de Clubes.

A entidade incluiu exigência de licenciamento em seu estatuto seguindo a tendência mundial criada pela Uefa. A Fifa orienta a ter o modelo há seis anos -- a Confederação Asiática fez o seu em 2010--, o que leva a crer que a Conmebol seguirá à risca o que escreveu.

A entidade deve dar um prazo para os clubes se adaptarem. Portanto, as competições de 2014 não devem exigir a licença.

"Não pode criar um período enorme de adequação senão a regra não se cumpre. Mas é preciso adequar as regras da Uefa para a América do Sul. Há clubes que faturam no Brasil R$ 400 milhões e na Bolívia R$ 2 milhões. A disparidade é gritante", disse o advogado especializado em direito desportivo Eduardo Carlezzo.

Ele já participou de encontros na Uefa para discutir o licenciamento e acredita que, na América do Sul, o ideal são três anos de adaptação. Clubes com dívida com jogadores ou times com estádios sem condições adequadas de segurança não receberão a licença mesmo se tiverem se classificado para as competições por critérios técnicos --como o campeão brasileiro.

O licenciamento dos clubes tem como principal pilar a questão econômica, que aborda o chamado "fair play financeiro", na moda atualmente no Brasil depois que um grupo de jogadores criou o Bom Senso F.C..

O movimento, entre outras reivindicações, quer que os clubes criem mecanismos de saúde financeira para evitar atraso de salários aos atletas.

Seguindo o modelo da Uefa, serão criados também outros tipos de punições, além da exclusão, caso o descumprimento não seja tão grave. Há multas, bloqueio de premiações e advertências.


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