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Fifa afirma que vai fiscalizar condições de trabalho no Qatar
2022
Entidade garante que não há qualquer possibilidade de mudança da sede do Mundial
O comando da Fifa pretende anunciar hoje, em Zurique, que vai fiscalizar de perto as condições de trabalho nas obras da Copa do Mundo do Qatar-2022 e, ao mesmo tempo, deve garantir que não há qualquer possibilidade de mudar a sede do evento.
Nas últimas semanas, cartolas e setores da imprensa europeia, principalmente da mídia britânica, têm pressionado a Fifa por ter escolhido o Qatar como sede.
Num primeiro momento, surgiu denúncia de que houve compra de votos na eleição de dezembro de 2010. Depois, a polêmica sobre jogos no verão do país árabe.
E, mais recentemente, a acusação de que operários de obras da Copa estão morrendo após serem submetidos a condições degradantes.
Ontem, primeiro dia de reunião do Comitê Executivo da Fifa em Zurique, a polêmica sobre 2022 se sobrepôs a assuntos relacionados à Copa no Brasil. Até porque um grupo protestou em repúdio às denúncias no Qatar.
Para administrar a crise, o Comitê Executivo deve então se posicionar hoje sobre a questão trabalhista e a manutenção da sede, mas sem decidir oficialmente a troca do calendário da Copa-2022 do verão para o inverno, embora haja certeza quanto a essa mudança em breve.
A ideia é buscar o consenso sobre uma nova data. O presidente da entidade, Joseph Blatter, prefere janeiro, enquanto o presidente da Uefa, Michel Platini, defende entre novembro e dezembro.
Ontem, em Zurique, ficou evidente a disputa política. O ex-jogador francês é cotado para se candidatar à presidência da Fifa em 2015. Blatter tem dito que não pretende continuar, mas também não declara apoio a Platini.
O Comitê Executivo também deve divulgar hoje o balanço da Copa das Confederações deste ano no Brasil e a atualização dos temas relacionados à Copa de 2014.