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Zanetti conquista ouro inédito no Mundial
GINÁSTICA ARTÍSTICA Campeão em Londres confirma favoritismo e acaba com hegemonia chinesa nas argolas
O ginasta brasileiro Arthur Zanetti, 23, fechou ontem um ciclo de ouro nas argolas.
Campeão olímpico em Londres-12, o paulista ganhou a inédita medalha de ouro no Mundial disputado na Antuérpia (Bélgica) com 15,800.
"Não foi uma surpresa. Eu já estava esperando, pois trabalhei muito para isso", afirmou o brasileiro ao canal SporTV após a premiação.
A competição era a única entre as principais que Zanetti não havia vencido ainda, embora nos Jogos Pan-Americanos a conquista do ouro tenha vindo apenas em equipes, em 2011 (Guadalajara).
O ouro individual ele espera alcançar no Pan-Americano de Toronto, em 2015.
"Mais uma etapa da minha vida foi concluída. Agora só falta mais um objetivo para a minha carreira: ganhar o título nos Jogos Pan-Americanos, que não tenho, para ficar plenamente satisfeito."
Sua melhor campanha em Mundiais havia sido em Tóquio-2011, quando ficou com a medalha de prata.
Naquele ano, o campeão mundial foi o chinês Chen Yibing, que, no ano seguinte, perderia o ouro olímpico justamente para Zanetti.
Com a conquista na Bélgica, o ginasta brasileiro encerrou a hegemonia chinesa nas argolas em Mundiais.
Desde 2005, quando o título ficou com o holandês Yuri van Gelder, somente chineses haviam terminado no topo do pódio nesses torneios.
A China obteve ouros no equipamento nas últimas cinco edições, e com três atletas diferentes. Ontem, a ameaça era o jovem Yang Liu, 19.
Estreante em Mundiais, Yang havia se classificado para a final com a melhor nota, mas terminou apenas na quarta colocação, com 15,633.
Na final de ontem, o ginasta brasileiro optou por não utilizar o movimento de força que criou, o "Zanetti", classificado como de valor "F", o mais alto, o que aumentaria sua nota de partida.
"Optei por uma série mais conservadora para chegar com fôlego no final e cravar a saída. Sabia que isso seria o diferencial", afirmou ele.
A estratégia deu certo.
Terceiro a se apresentar, o campeão olímpico foi aplaudido durante a execução da série e vibrou bastante logo após encerrar sua apresentação com uma saída cravada.
E demonstrou bastante confiança ao cumprimentar seu técnico, Marcos Goto.
Antes mesmo de ser divulgada a nota, o brasileiro foi cumprimentado pelo rival Aleksandr Balandin, que com nota de 15,733 liderava a prova e terminou com a prata --o americano Brandon Wynn completou o pódio.
"Estou trabalhando bastante para buscar sempre o melhor para o Brasil e para a ginástica brasileira. Está dando muito certo e teremos muito resultado também para frente", diz Zanetti, otimista.
Hoje, à partir das 9h30, Sérgio Sasaki e Diego Hypolito tentam mais medalhas para o Brasil. Os dois dsiputam a final do salto.