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Davi versus Golias

Para enfrentar a agilidade do líder, Cruzeiro, o lanterna, Náutico, prepara formação compacta

RODOLFO STIPP MARTINO DE SÃO PAULO

Uma diferença de 39 pontos separa o líder Cruzeiro do lanterna Náutico na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

Às 16h de hoje, esses times se enfrentam na Arena Pernambuco, no melhor estilo Davi versus Golias.

O papel do gigante cabe, evidentemente, ao clube mineiro. Os comandados de Marcelo Oliveira ostentam 17 vitórias até agora no torneio. Ninguém ganhou mais vezes e ninguém balançou mais as redes do que o Cruzeiro. Ao todo, são 54 gols.

O time pernambucano representa o personagem mais fraco da história.

No duelo histórico, como todos sabem, Davi triunfa. Já no Brasileiro, uma surpresa é bastante improvável.

O Náutico foi o time que mais perdeu (16 vezes) e possui a segunda defesa mais vazada do torneio, com 41 gols sofridos, dois a menos do que o Criciúma.

As ambições de cada equipe também são díspares.

Do lado da equipe mineira, o plano é ir ao ataque com rapidez, um dos ingredientes, aliás, do surpreendente sucesso do time.

Em campo, a meta é pressionar o oponente logo no começo da partida. Na rodada passada, por exemplo, o time fez os quatro gols da vitória de 4 a 0 sobre a Portuguesa nos 29 primeiros minutos.

"É o nosso pensamento [aplicar a pressão inicial]. Nós entramos em campo como se fosse uma final de campeonato mesmo, querendo vencer", conta à Folha o meia-atacante Ricardo Goulart.

O esquema armado pelo técnico Marcelo Oliveira se baseia muito na intensa movimentação dos atletas do meio de campo e do ataque.

Contra a Lusa, o que se viu foi o trio formado por Goulart, Everton Ribeiro e Willian trocando de posições frequentemente no setor ofensivo.

"O lema é correr, atacar, marcar e fazer o gol", diz ele, como se fosse algo simples.

Para complicar a vida do Cruzeiro, a equipe pernambucana sabe que não pode deixar espaço livre no meio de campo para os adversários arrancarem com a bola.

RESPIRO

"Temos que jogar da maneira mais compactada possível", acredita o goleiro Ricardo Berna, do Náutico.

Depois de meses de resultados desastrosos, o time pernambucano se apega aos bons resultados recentes. Apesar de ter continuado na última posição, o Náutico mostrou fôlego na briga pela sobrevivência nos últimos quatro jogos: venceu a Ponte Preta e o Coritiba e empatou com o Santos e o Flamengo.

Hoje, a tarefa será mais dura para esse Davi de Recife. E ao time, só interessa a vitória -há chances matemáticas de escapar do rebaixamento.

Resta saber se o Golias de Belo Horizonte terá piedade.


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