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Crise evidencia conflito na cúpula do Corinthians

Série A
Relação entre o presidente Gobbi e o ex Sanchez está desgastada

MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

Criador e criatura estão em rota de colisão no Corinthians. O "balança, mas não cai" de Tite expôs um racha que era conhecido apenas nos bastidores do clube.

Mário Gobbi se tornou presidente corintiano em fevereiro de 2012. Foi impossível, à época, não comparar sua eleição com a da presidente Dilma Rousseff, em 2010

Lula --por sinal, um corintiano fanático-- fez com Dilma algo bem parecido com que Andrés Sanchez --por sinal um petista convicto-- fez por Gobbi. Apoio em uma campanha em que a popularidade e o carisma do ex levaram o apadrinhado à vitória.

Aos poucos, Gobbi e Sanchez foram se distanciando e chegaram ao ápice da divergência anteontem, quando um defendia a saída de Tite (Sanchez) e o outro a permanência (Gobbi).

Prevaleceu a vontade do presidente atual. Em março deste ano, uma reunião do Conselho Deliberativo do clube gerou primeiro embate público entre eles.

Aliados de Sanchez queriam alterar as regras para que o ex-presidente pudesse retornar em 2015. Hoje, segundo o estatuto, há uma "quarentena" de dois mandatos para que um ex-presidente tente nova eleição.

Não houve discussão acalorada, mas a divergência ficou nítida.

À frente das obras do Itaquerão, Sanchez mantém grande influência no clube, a ponto de, em setembro, oferecer o Parque São Jorge para uma reunião de clubes dissidentes da Conmebol.

Gobbi passou pelo evento rapidamente e saiu contrariado. "Estava com outros problemas para resolver no dia."

Após a derrota para o Grêmio, na noite de quarta, Sanchez criticou, via rede social, o placar. Na manhã seguinte, Gobbi ligou para Sanchez, que foi ao clube.

O presidente queria manter Tite. Já o ex estava mais inclinado pela opção da saída. O técnico ficou.

"Não há racha", afirmou Gobbi à Folha. "Existem questões em que as pessoas do nosso grupo político votam com posições diferentes. Penso de um jeito, minha mãe de outra."

Procurado, Sanchez não quis falar a respeito.


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