Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vettel pode ser tetra na Índia com arquibancadas quase vazias

F-1
Público vem caindo no país, que ficará sem corridas no próximo ano

TATIANA CUNHA ENVIADA ESPECIAL A GREATER NOIDA (ÍNDIA)

Sebastian Vettel está a um quinto lugar de se tornar, neste domingo, o mais jovem tetracampeão mundial da F-1.

Mas as arquibancadas do Buddh International Circuit, em Greater Noida, devem estar quase vazias para ver não só este momento histórico como também aquele que deve ser o último GP da Índia.

Com capacidade para 100 mil torcedores, apenas 20 mil ingressos não-corporativos foram vendidos para a corrida deste domingo, que acontece às 7h30 (de Brasília) --os treinos livres começam na próxima madrugada, às 2h30.

Na primeira edição, há dois anos, 95 mil pessoas viram Vettel vencer. No ano passado, quando o piloto da Red Bull ganhou pela segunda vez, o público caiu para 65 mil.

A falta de torcedores, porém, não é a única razão pela qual a prova já foi retirada do calendário da F-1 em 2014 --com a promessa de que voltará na temporada seguinte.

A versão oficial é a de que como Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria, pediu que a corrida indiana passasse para o começo da temporada, a cidade não estaria preparada para receber dois GPs em um intervalo de seis meses.

Mas os recorrentes problemas com os impostos que os times teriam de pagar também ajudam na possibilidade de a categoria não retornar.

Na última segunda-feira, o governo de Uttar Pradesh, onde fica o circuito, entrou com um pedido na Justiça para acabar com a isenção dos impostos para a categoria. Na Índia, a F-1 é classificada como entretenimento, não esporte, o que justifica a cobrança de uma série de taxas.

Para piorar, Sameer Gaur, diretor da Jaypee Sports International, empresa organizadora da corrida, admitiu que, sem a ajuda do governo, será impossível manter o evento.

Por todos estes motivos, a F-1 já trata esta como a última visita da categoria à Índia.

"Uma vez que você deixa um país, é muito difícil voltar. Especialmente se não conseguimos de fato estabelecer o esporte", disse Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber, que nasceu no país.

Piloto do único time indiano no grid, a Force India, Adrian Sutil acredita que a categoria precisaria de dez anos para se estabelecer no país.

"Venho à Índia há muitos anos e vejo que automobilismo não é uma grande coisa aqui. Agora as pessoas estão começando a comprar carros esportivos e quem sabe a mentalidade não comece a mudar", disse o alemão.

NA TV
Treinos livres para o GP da Índia
2h30 e 6h30 (de amanhã) SporTV


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página