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Corredores de rua querem só um estrangeiro por prova no Brasil

ATLETISMO
Movimento aponta presença excessiva de participantes de outros países em corridas

RODOLFO LUCENA DE SÃO PAULO

Atletas profissionais de corrida de rua lançaram um movimento por melhores condições de trabalho e ganhos.

Além disso, os corredores de elite querem só um estrangeiro por categoria. Hoje, a legislação permite até três, dependendo do tipo de corrida --o que pode aumentar.

No sábado, em Ribeirão Preto, eles atrasaram a largada de uma prova do Circuito de Corridas Caixa. E lançaram abaixo-assinado para reivindicar redução de estrangeiros no Circuito Nacional de Corridas.

"Os atletas ficaram chateados e irritados diante de tanto descaso e ainda ter que correr contra tantos estrangeiros", disse Conceição Oliveira, tricampeã do Ranking Caixa/CBAt de Corridas Rua.

Ela também protestou contra o que considera "calendário extenso" do ranking, o que lembra o movimento Bom Senso F.C., no futebol.

O ranking tem 32 provas (sete maratonas, sete meias maratonas e provas menores).

O Circuito de Corridas Caixa e a HT Sports, que organiza o circuito, disseram que "a presença de estrangeiros nas etapas do Circuito de Corridas Caixa obedece às regras determinadas pela CBAt."

A assessoria da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) diz que segue normas da Iaaf (a Fifa do atletismo). Ou seja, permitir três estrangeiros ou até mais em algumas provas está dentro da legislação.

O que não significa que essas regras sejam cumpridas sempre, como alerta o presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de Rua de São Paulo, Nélson Evêncio.

"Todo mundo sabe que muitos quenianos não possuem carta-convite. Se a legislação fosse respeitada, o número de estrangeiros em corridas menores se reduziria porque haveria uma burocracia grande."

Já Luiz Antonio dos Santos, bicampeão na maratona de Chicago (1993-1994) e fundador da Luasa Sports, que traz atletas africanos para participar de competições no Brasil, afirma: "Estamos trabalhando dentro de uma regra imposta pela CBAt. Nada fora da regra".

E alfineta: "Não estou entendendo o que querem. Ganhar tudo? Então corram forte, mas não com esses resultados que estamos vendo por aí".

Diane D' Agostine Chillemi, que representou o Brasil no Mundial de meia maratona de Bristol-2001, argumenta: "Como podemos competir em igualdade se temos que correr todo fim de semana?".

Segundo ela, "os estrangeiros ficam por aqui por três meses, ganham quase todas as provas, vão embora e na semana seguinte os brasileiros já estão competindo com novos estrangeiros recém-chegados".


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