Folha de S.Paulo

São Paulo joga na retranca, segura empate e vai à semi

DE SÃO PAULO

Ainda faltavam 30 minutos para o fim do jogo, quando Muricy Ramalho sacou Jadson para lançar Wellington e deixou o São Paulo cheio de volantes e sem nenhum armador em campo.

Foi assim, fechado na defesa e administrando a vantagem obtida na primeira partida do mata-mata, que o time obteve a vaga para as semifinais da Sul-Americana.

O empate sem gols com o Atlético Nacional, em Medellín, na Colômbia, era tudo o que o São Paulo precisava.

Derrota por 1 a 0, 2 a 1 ou mais de um gol de diferença provocaria sua queda no torneio, já que a partida de ida havia acabado com vitória por 3 a 2 do time brasileiro.

A quatro jogos de um possível bicampeonato da Sul-Americana e da classificação para a Libertadores, o São Paulo terá como adversário na semifinal Libertad (PAR) ou Itagüí (COL), que se enfrentam nesta noite --os paraguaios venceram o primeiro jogo por 2 a 0.

Isso se a Ponte Preta não vencer ou empatar com gols contra o Vélez Sarsfield, hoje, na Argentina. A passagem da equipe de Campinas (SP) modificaria os cruzamentos da Sul-Americana e obrigaria a uma semifinal brasileira.

A classificação do São Paulo teve mais resquícios de drama pelo comportamento da equipe visitante do que pela produção dos colombianos.

O time de Muricy finalizou apenas quatro vezes nos 90 minutos contra 17 do Atlético Nacional. Mas poucas foram as oportunidades de gol.

Rogério Ceni teve de se esforçar apenas em dois chutes de Medina. Cárdenas também assustou o goleiro com uma finalização para fora.

"O time todo lutou. Não queríamos jogar pelo empate, mas o empate servia", resumiu o atacante Aloísio.

O carismático camisa 19 mal tocou na bola, assim como Luis Fabiano, seu companheiro de frente, que teve mais uma atuação decepcionante e acabou substituído.

O São Paulo sentiu falta de Ganso, suspenso. Jadson, seu substituto, mais marcou do que criou. Assim, só restou um caminho: segurar o empate e comemorar a classificação para a semifinal.