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Bom Senso planeja protesto mais forte

FUTEBOL
Grupo ameaça CBF se houver nova tentativa de censura; entidade vê conotação política no movimento

DE SÃO PAULO DO ENVIADO A MIAMI

O Bom Senso F.C. informou ontem que tomará medidas drásticas se novas manifestações que planejam realizar sejam censuradas pela CBF.

Parte dos 22 líderes do grupo conversaria sobre o tema no final da noite, após fechamento desta edição, por meio de conferência telefônica. Tratariam também sobre qual a atitude tomar caso a CBF não apresente nova proposta para o calendário de 2015.

Em reuniões recentes, o grupo já discutiu novas possibilidades de manifestação.

Cruzar os braços, como fizeram nos jogos da Série A de anteontem, por mais tempo, entrar em campo com nariz de palhaço e, este em caso mais extremo, até paralisar uma rodada da competição são algumas das opções.

Esta última tem resistência de alguns atletas porque poderia atrapalhar clubes que ainda disputam posições no Brasileiro, como vaga na Libertadores e rebaixamento.

Anteontem, os atletas cruzaram os braços por cerca de 30 segundos nos sete jogos da Série A, os atrasando.

Na partida entre São Paulo e Flamengo, em Itu, o árbitro Alício Pena Jr. ameaçou advertir os atletas com cartão amarelo. Os jogadores, liderados pelo capitão são-paulino Rogério Ceni, um dos "cabeças" do Bom Senso, decidiram então começar a partida e lançar a bola um time para o outro, com chutões.

POLÍTICA

A CBF acredita que os protestos realizados nas partidas de anteontem tiveram conotação política. Apesar de admitirem o direito dos atletas às reivindicações, cartolas da entidade avaliam que a manifestação tem relação com a eleição da confederação, que vai acontecer em abril.

Os dirigentes acreditam que Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians, esteja ajudando o Bom Senso.

Sanchez tenta viabilizar uma candidatura de oposição a José Maria Marin, atual presidente da CBF.

Marin não será candidato, mas apoiará Marco Polo Del Nero, vice-presidente da confederação e comandante da Federação Paulista.

Neste mês, Del Nero deverá ser lançado oficialmente como candidato num jantar promovido pela entidade em São Paulo. A CBF acredita que o endurecimento das manifestações não tem sentido. Os cartolas alegam que já atenderam às principais reivindicações do grupo, como férias de 30 dias e pré-temporada de mais 30 dias em 2015.

"Isso [por trás do movimento] é plantado. Nunca falei com o Paulo André e ninguém mais sobre isso. Se estourarem a bola no jogo amanhã vão dizer que fui eu que mandei", disse Sanchez.

A Folha apurou que Sanchez não está 100% com o Bom Senso porque tem nos sindicatos dos jogadores um dos pilares de sua campanha à presidência. O Bom Senso acusa os sindicatos de não lutar pelos atletas e faz os manifestos sem consultá-los.

"Eu acho que [o jogador] tem que participar e ser ouvido, mas por meio do sindicato", disse Sanchez. (BERNARDO ITRI, EDUARDO OHATA, MARCEL RIZZO E SÉRGIO RANGEL)


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