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Dalmo vê gol de 1963 como seu maior feito
SANTOS
Ex-lateral esquerdo fez de pênalti o único gol na decisão do Mundial diante do Milan
"Quem fez o gol do título?" É com bom humor que Dalmo, 81, recebe a Folha em sua casa, em Jundiaí, para falar do bicampeonato mundial do Santos, em 1963 --esta série especial termina amanhã.
Autor de só quatro gols pelo clube em sete anos, Dalmo entrou para a história do time que tinha o ataque mais famoso do Brasil: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Ele garantiu a vitória por 1 a 0 contra o Milan, no Maracanã, no terceiro jogo da decisão do Mundial-1963.
Foi em tiro de pênalti, aos 31 min do primeiro tempo, que ele chutou de perna direita no canto esquerdo de Balzarini. O goleiro acertou o canto, mas não defendeu.
"Foi o maior feito da minha vida", afirmou Dalmo, que teve de se preparar para fazer a cobrança duas vezes.
Na primeira, como costumava parar diante da bola antes de chutar, enganou Balzarini, que saiu do gol prematuramente, para sua surpresa.
Assim, o lance foi repetido. E, novamente, ele executou a paradinha e fez o gol.
Após 50 anos, a cobrança ter sido feita por um defensor em um time de estrelas pode causar surpresa. Mas, na época, Pelé, machucado, não jogou. E Pepe, o segundo da lista, estava nervoso e ouviu do técnico Lula que Dalmo deveria cobrar.
"Eu era mais frio e costumava cobrar nos treinos", disse.
Avesso a entrevistas, ele adora falar dos netos. Tem uma rotina simples. Caminha duas vezes por dia, gosta de cantar e tem a companhia constante da mulher, Rosa, 70. "O que quero é viver com ela."
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