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Custo dos estádios da Copa sobe R$ 1 bilhão

2014
Atualização de lista de obras do governo mostra que gasto em mobilidade urbana será R$ 800 milhões menor

O argumento de que a Copa serviria, principalmente, para catalisar investimentos em mobilidade urbana nas cidades-sede foi ontem por terra.

O Ministério do Esporte atualizou a lista de obras para o Mundial e deixou evidente que a maior parte dos recursos vai mesmo para a reforma ou a construção de estádios.

Segundo a versão atual da matriz de responsabilidade (documento que reúne obras, custos, prazos e responsáveis) da Copa, só as obras dos estádios vão consumir pouco mais de R$ 8 bilhões --R$ 1 bilhão a mais do que o previsto na versão anterior, divulgada em dezembro de 2012.

Já as obras para melhorias do transporte público ou construção de novas vias receberão cerca de R$ 7 bilhões --R$ 800 milhões a menos do que receberiam anteriormente.

De dezembro até ontem, o custo da reforma ou construção dos 12 estádios subiu 14%.

Já os investimentos em mobilidade diminuíram 10%, parte disso devido a atrasos nos cronogramas de construção.

Ontem, o Ministério do Esporte tirou da lista de obras da Copa 14 projetos. Desses, 12 eram de transporte, um era em um porto e outro, em aeroporto. Só Porto Alegre, que já havia confirmado os atrasos em suas obras de melhoria urbana, tirou dez obras de mobilidade da matriz. Isso aponta que elas não estarão prontas até o início da Copa.

Os investimentos em portos de cidades-sede perdeu ainda mais recursos do que a mobilidade urbana: 13%.

Em dezembro, estava previsto que as obras em terminais marítimos e fluviais custassem R$ 676 milhões. Após a reforma do Porto do Rio ser tirada da lista, o investimento caiu para R$ 587 milhões.

Já o custo dos estádios só não aumentou mais que o valor previsto para a reforma do entorno dessas arenas.

Como parte de sua preparação, cidades-sede também têm que fazer obras de melhoria de calçamento e acesso aos seus locais de jogo. Em dezembro, o ministério havia estimado que isso custaria R$ 795 milhões a governos. A estimativa atual é que isso custe R$ 996 milhões --25% a mais.

Vale lembrar que, apesar de essas obras estarem ligadas estritamente a área dos estádios, o Ministério do Esporte considera que elas também são obras de mobilidade urbana. Dessa forma, todas as obras dessa área, incluindo as no entorno dos estádio, custariam R$ 8,024 bilhões --quase o mesmo dos estádios da Copa do Mundo.

99% PÚBLICO

Entre os estádios, já são dois que oficialmente custam mais de R$ 1 bilhão: o Maracanã (R$ 1,050 bilhão), no Rio, e o Mané Garrincha (R$ 1,403 bilhão), em Brasília. Essas duas arenas, aliás, estão entre as oito que tiveram o custo de sua reforma ampliado de dezembro para hoje.

Mineirão, em Belo Horizonte, Beira-Rio, em Porto Alegre, e Itaquerão, São Paulo, mantiveram o custo. Já o custo da reforma do Castelão, em Fortaleza caiu: de R$ 623 milhões para R$ 518 milhões.

De acordo com a nova versão da matriz de responsabilidade, só 0,06% do custo da reforma dos estádios será custeado puramente com recursos privados. Cerca de 99,4% será pago por governos ou com ajuda de financiamento de bancos públicos.


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