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Para comandante, PM não conseguiria evitar a briga
SÉRIE A Polícia diz que responsabilidade pela segurança era do Atlético-PR
Para a Polícia Militar, a briga entre os torcedores do Atlético-PR e do Vasco teria ocorrido ontem mesmo se ela estivesse presente nas arquibancadas da Arena Joinville.
Segundo o comandante do 8º Batalhão de PM de Joinville, Adílson Moreira, a responsabilidade da segurança era do Atlético-PR. O clube afirmou que não iria se pronunciar ontem sobre o assunto.
A PM, segundo o comandante, tinha que cuidar da proteção no gramado e do lado externo apenas.
Moreira disse que, por decisão da PM e do Ministério Público de Santa Catarina, por se tratar de um evento privado, o clube mandante tem que contratar seguranças.
O Ministério Público disse que não fez nenhuma recomendação que impedisse a PM de atuar no interior do estádio. Normalmente, em partidas de futebol, a Polícia Militar é quem faz a segurança.
Ainda segundo o oficial, esse esquema já havia sido implementado no jogo Atlético-PR x Náutico, em 24 de novembro, pela 36ª rodada.
O comandante diz que os torcedores foram ao estádio dispostos a brigar. "Estava tudo dentro da normalidade, mas isso [briga] já ocorreu em diferentes estádios. Se houvesse o policiamento, ocorreria da mesma forma", disse.
Os dois clubes serão denunciados pela Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e podem perder de um a dez mandos de campo no Campeonato Brasileiro do próximo ano.
Quatro feridos foram levados ao hospital: Estevão Viana, 24, William Batista, 19, Gabriel Ferreira Bitael, 20, e Diogo Cordeiro da Costa, 29, que teve alta ontem à noite.
PM NOS ESTÁDIOS
Após a briga, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse em nota que o governo vai procurar o Conselho Nacional do Ministério Público para discutir um "entendimento comum" sobre a presença da Polícia Militar nos estádios.
O ministro repudiou as cenas de violência ontem e afirmou que os torcedores devem ser punidos. Aldo Rebelo lembrou que o Estatuto do Torcedor prevê o banimento dos envolvidos dos estádios.
"Os responsáveis devem ser identificados e punidos, cumprindo-se o Estatuto do Torcedor, que prevê penas de reclusão e de banimento dos estádios aos torcedores que cometerem atos de violência", disse ontem o ministro.