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Lúcio Ribeiro

Caiu na rede é...

Snapchat vira mania entre boleiros, que escapam (por enquanto) dos comentários maldosos da internet

A nova onda entre jogadores de futebol, esses seres solitários trancafiados a maior parte do tempo com outros homens dentro de quartos de hotéis, restaurantes comunitários, salas de musculação e campos de treinamentos, é um tal de Snapchat.

Soube disso por uma amiga que namora com um boleiro de um grande time e, coincidentemente, flertou com outro num quase-romance pouco tempo antes. Os dois contaram isso para ela. Ela utiliza o Snapchat com o primeiro, utilizou com o segundo.

Snapchat é um aplicativo de celular, mais companheiro de jogador em concentração do que foi o baralhinho na época da Copa de 70. Através deste app você se comunica com amigos, família, namoradas mandando fotos. Mas, essas fotos, antes que caiam em "olhos errados", somem segundos depois de vistas pelo(a) destinatário(a).

Fotos do craque na sala de musculação, recebendo massagem, jantando com parceiros de time, passeando em dia de folga e sei-lá-o-que-mais correm de celular para celular, para quebrar a monotonia boleira, dividir uma intimidade qualquer.

O Snapchat diminui bem o risco de "trollagens" (termo desta era virtual que diz respeito à falta de respeito nas redes sociais com comentários, digamos, deselegantes). Foi lançado no final do ano passado, virou febre entre jogadores neste ano.

Vida pública de quem lida com futebol é complicada. Principalmente com os personagens principais do esporte, até os mais recatados, os que apenas querem conversar na rede social com amigos mais chegados. Uma hora acabam descobertos. Futebol atrai todo tipo de torcedor inclusive no mundo virtual, nem sempre os "gente fina", como pudemos ver no domingo em Joinville.

Existe um Tumblr (não se perca nas nomenclaturas: Tumblr é uma plataforma para postar textos curtos e bastantes imagens, resumindo) chamado "Olha o Carinho da Torcida", onde são colhidas diariamente no Facebook, Twitter, Instagram e afins qualquer tentativa de comunicação, recado, informação útil, exibicionismo inofensivo ("selfie") de um jogador ou de um time nas redes sociais.

Não importa a mensagem, o bastão de ferro virtual com prego na ponta sempre vem firme na forma de comentário. Emerson Sheik fez graça com a queda do Flu? Foi saudado com xingamentos tricolores e de corintianos insatisfeitos com o time, com ele, com palavrões de toda a ordem.

Uma simples foto pessoal nadando num lago, nas férias? Isso custou ao palmeirense Marcelo Oliveira ler o que não queria a respeito de seu futebol.

O site do Vasco apenas informou no Twitter o resultado da partida de domingo (sem entrar no mérito da consequência), uma praxe a cada rodada? Deve ter torcedor enfurecido escrevendo impropérios até agora nos comentários desse post.

A má notícia é que, ao contrário do Snapchat, os comentários no Facebook e Twitter para Vasco e Fluminense não se apagam imediatamente. Só em dezembro de 2014. Talvez.


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