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Juca Kfouri

O difícil não é fácil

Tanto no caso do julgamento de hoje quanto no jogo do Galo de depois de amanhã, nada é simples

Que se apresente um torcedor que não seja tricolor de coração a favor da queda da Lusa e da permanência do Fluminense na Série A.

Porque é tão óbvio que o evidente erro da Portuguesa foi apenas um erro e nada mais que isso, além de não ter resultado em prejuízo para ninguém, que só o legalismo para disfarçar más intenções será capaz de justificar uma pena que não seja a mínima, jamais a máxima.

Porque entre o legal e o justo é este último que deve prevalecer.

Só que que a paixão é muito mais cega, surda e muda que a Justiça, pois também fica aqui o desafio a um só torcedor luso que tenha sido capaz de entender que aqueles que apontam o erro crasso, inadmissível mesmo cometido pelo clube, não advogam que por isso o rebaixamento seja correto.

Porque, como diria Tim Maia, tudo é tudo e nada é nada.

Tudo, no caso, é respeitar o resultado do campo, um 0 a 0 sem tramóia. Nada é ao que será reduzida a já pouca credibilidade da CBF e seus apêndices, como o STJD.

Porque, outra vez porque, como outro filósofo já dizia, ou a ele, Vicente Matheus, se atribuía, o difícil não é fácil.

Não é mesmo fácil ponderar diante do passionalismo e é difícil se fazer entender quando o clima é de Fla-Flu ou, no caso, de Flu-Lu.

Como o que era aparentemente mais fácil para o Galo no Mundial de Clubes transformou-se, de repente, no mais difícil.

Tudo que os mineiros queriam era evitar os mexicanos do Monterrey na semifinal desta quarta, mas talvez nada venha a ser pior do que enfrentar os donos da casa como acontecerá.

Não é exagero dizer que o Galo terá pela frente o maior desafio já posto diante de um time brasileiro na semifinal do Mundial.

Nem São Paulo, nem Corinthians, nem Santos, assim como o Inter, duas vezes, pegaram um animado anfitrião --e não era o caso da zebra Mazembe.

Mais que anfitrião, um time que vem de duas vitórias que tiveram como combustível principal o fervor de sua torcida, numa cantoria incessante e impressionante, mesmo fora de Casablanca.

Não se põe em dúvida a superioridade dos brasileiros, apenas causa preocupação saber se Cuca conseguirá fazer o Galo jogar no ritmo de competição em que já estão os marroquinos, a mil.

De fato, o fácil ficou difícil e o tudo que se busca desde a conquista da Libertadores, decidir com o poderoso e favorito Bayern Munique, corre o risco de virar nada, contra os chineses do Guangzhou de Conca, pelo frustrante terceiro lugar.

O argentino, por sinal, entrará em campo amanhã para enfrentar os alemães já sabendo se ganhou uma tonelada de marmelada e livrou-se da Série B com o seu velho Fluminense de novo.

Quer saber? O STJD não terá coragem. A opinião pública vencerá.


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