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Procurador denuncia 'condições precárias'

2014 Obras no estádio de Manaus são interditadas após morte de 2º operário; ação aponta irregularidades em segurança

DE SALVADOR

A morte de um operário nas obras da Arena da Amazônia, em Manaus, levou a Justiça do Trabalho a interditar anteontem os trabalhos em altura realizados em um dos estádios da Copa de 2014.

A decisão provisória saiu por volta das 21h30 de sábado, horas após a morte do operário Marcleudo de Melo Ferreira, 22, que caiu de uma altura de 35 metros enquanto trabalhava na fixação da cobertura do estádio.

A interdição parcial, pedida pelo Ministério Público do Trabalho, se dará por tempo indeterminado.

Uma perícia judicial a ser feita hoje, com representantes da Procuradoria, da Justiça e da Andrade Gutierrez, responsável pela obra, definirá o que a construtora terá que fazer para retomar os trabalhos na cobertura.

Iniciada em novembro de 2010, a obra da Arena da Amazônia está 92,8% concluída, em fase de finalização de acabamento interno, cobertura e fixação de assentos. A interdição pode atrasar o cronograma, que tem previsão de conclusão em janeiro.

A Procuradoria do Trabalho pediu a interdição por meio de uma ação que tramita desde março deste ano, e que aponta 114 irregularidades na obra, a maior parte relativa a itens de segurança.

"Os operários atuam em condições precárias", afirmou o procurador do Trabalho Jorsinei do Nascimento. A ação inicial foi proposta após a morte de outro operário --Raimundo Nonato Lima Costa, 49-- também em decorrência de queda, em março.

Em maio, ao conceder liminar que obrigava a empreiteira a cumprir medidas de segurança, a Justiça considerou que a empresa priorizava o "cumprimento dos prazos" para finalizar a obra "em detrimento da integridade física dos trabalhadores".

A reportagem não conseguiu contato ontem com a Andrade Gutierrez nem com o governo do Amazonas para comentar a decisão. No sábado, a construtora lamentou lamentou o acidente e disse estar prestando assistência à família do operário.

JORNADA

O operário que morreu em Manaus era de uma empresa subcontratada pela Andrade Gutierrez, e trabalhava no turno da madrugada --a queda ocorreu por volta das 4h. As causas são apuradas.

Foi o quinto operário a morrer em obras de estádios da Copa, e o segundo na Arena da Amazônia.

Também no sábado, horas após o acidente na arena, José Antônio Nascimento Souza, 50, que trabalhava em obras de acesso ao Centro de Convenções do Amazonas, que faz parte do complexo da Copa e fica ao lado do estádio, teve um infarto e morreu.


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