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Padronizados, atletas da base brilham, mas não 'sobem'

CORINTHIANS
Jogadores jovens não são aproveitados no time principal e acabam emprestados para equipes do interior paulista

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

No Campeonato Paulista das categorias de base, em 2013, ninguém foi melhor do que o Corinthians.

O clube foi campeão no Sub-13, Sub-15 e Sub-17, além de chegar às semifinais no Sub-11 e Sub-20. Mas os próprios responsáveis pelo departamento amador reconhecem que a maioria dos garotos não "subirá", termo usado quando um atleta é aproveitado no profissional.

O projeto é se internacionalizar. No início, fazer parcerias com outros clubes na Europa, a começar por Portugal. Se der certo, no futuro, ter seus próprios times. O espelho é o Chivas Guadalajara (MEX) que tem "afiliado" nos Estados Unidos e outros menores no próprio México.

É questão matemática. No profissional, são utilizados entre 25 e 30 jogadores. Em clubes de grande expressão, a preferência sempre é por contratações. Os garotos revelados e que não encontram espaço no Parque São Jorge vão para os "parceiros".

Até a ideia de internacionalização, o clube só tinha acordo com o Flamengo de Guarulhos, mas também mandava atletas para o Bragantino.

"É uma visão diferente. Além da descoberta de talentos para o clube, há também a possibilidade de colocá-los na vitrine, vendê-los e gerar recursos. Cria-se um círculo virtuoso", explica o coordenador técnico geral da base, Agnello Gonçalves.

É um projeto que pretende mudar uma visão contestada pela diretoria, mas presente entre a torcida: a de que o Corinthians não revela atletas.

"Isso não é verdade. Dos 30 inscritos na Libertadores deste ano, dez eram da base", contesta o diretor-geral, Fernando Alba. Nenhum deles era titular no time de Tite.

Além do sucesso nos estaduais, o Sub-15 também conquistou a Taça Belo Horizonte nesta temporada.

MODO DE JOGAR

O aproveitamento na equipe principal depende do treinador de plantão no Corinthians. Era Tite. A partir do dia 6, será Mano Menezes.

Embora os esquemas táticos variem de uma categoria para a outra, a filosofia de jogo passou a ser padronizada.

"Antes, o pedido era para atuar sério, sempre, especialmente os zagueiros. Agora, a exigência para todos é para sair jogando. Não dar chutão", diz o zagueiro Rafael Augusto, 18, que jogou a Copa São Paulo do ano passado.

A inspiração é a mesma de um conselho de Tite para Alexandre Pato, após este ter perdido o pênalti contra o Grêmio, pela Copa do Brasil: entender a cultura do clube.

"Em um mundo ideal, recebemos o garoto com 11 ou 12 anos e vamos o moldando às características do Corinthians. O espírito de luta, ser vencedor, não desistir em campo. Isso tudo, aliado à parte técnica, faz diferença e pode nos ajudar a revelar talentos para o profissional ou negócios futuros", completa Gonçalves.


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