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Ministério Público de SP vai contestar tapetão do Brasileiro

SÉRIE A Pedido de abertura de inquérito para investigar decisão do STJD que rebaixou Lusa é um dos caminhos

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

O Ministério Público de São Paulo vai decidir, nos próximos nove dias, o que fazer para contestar a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que puniu Portuguesa e Flamengo com perda de pontos no Brasileiro.

O promotor público Roberto Senise Lisboa estuda o pedido de abertura de inquérito civil para investigar a decisão do tribunal esportivo.

Por escalarem jogadores de forma irregular, as duas equipes perderam quatro pontos cada. O fardo mais pesado ficou com a Portuguesa. A pena significou o rebaixamento para a Série B. A decisão salvou o Fluminense, que permaneceu na Série A, elite nacional, em 2014.

"Há alguns caminhos a seguir. Um deles é o pedido de abertura de inquérito, o que levaria a uma ação civil pública", explica Lisboa.

O argumento é o Estatuto do Torcedor. Na visão do promotor, a lei determina que as decisões da Justiça Desportiva devem ser publicadas no site da CBF. Portuguesa e Flamengo alegam que as respectivas suspensões de Héverton e André Santos, escalados na rodada seguinte, só foram divulgadas pela CBF na semana posterior à rodada.

Este ponto foi rebatido anteontem pelo STJD. O argumento foi que, apesar deste item do Estatuto do Torcedor, a pena aplicada no julgamento vale imediatamente após a proclamação da sentença.

João Zanforlin, advogado da Lusa, apresentou o argumento em recurso no Pleno do STJD, mas foi ignorado.

"Ainda não entramos com pedido porque a Justiça está em recesso de fim de ano. Só volta no dia 7 de janeiro. Até lá, saberemos o que fazer", completa o promotor.

TORCIDA EM AÇÃO

Após a decisão do STJD, torcedores e simpatizantes da Portuguesa começaram a se manifestar para entrar com ações na Justiça comum. A organizada Leões da Fabulosa afirma ter 250 associados interessados em abrir processos.

Coordenadores do movimento "Vamos à Luta" anunciam ter 600 procurações de pessoas dispostas a contestar o tribunal esportivo.

"Leio muita gente dizendo que ações são planejadas porque se trata da Portuguesa, um time simpático a todo mundo. O Ministério Público toma medidas para defender o interesse público. Seria a mesma atitude para qualquer clube", diz Lisboa.

Em nota divulgada em seu site oficial, a time do Canindé sinalizou a intenção de levar a briga para a Justiça Comum. O clube promete, "dentro das esferas legais, recuperar o direito que conquistou em campo."

Apesar do desafio, o presidente eleito, Ilídio Lico, quer calma antes de dar o próximo passo. "Tenho um clube para administrar. A Portuguesa vai continuar, aconteça o que acontecer", explica.

"Não sei se vou continuar. Depende da nova diretoria", explica Felipe Ezabella, um dos advogados da Lusa no julgamento no STJD.


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