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Lesão ajuda Neymar a descansar, diz Parreira
SELEÇÃO Médico da CBF discorda e afirma que atacante perde ritmo de jogo
O período de três a quatro semanas em que Neymar ficará afastado devido a uma entorse nos tendões fibulares do tornozelo direito poderão ajudá-lo a chegar em melhor condição física na Copa?
O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, e o médico da CBF José Luiz Runco tem opiniões contrárias sobre a lesão.
Parreira afirmou ontem, que, assim como Messi, que ficou dois meses fora do Barcelona por contusão, Neymar sentirá menos no Mundial o desgaste da temporada europeia devido à paralisação a que teve de se submeter.
"Ele vai descansar um mês [durante a recuperação]. Vai ser até bom porque ele chega mais descansado na Copa para ajudar o Brasil. Vai chegar ainda mais inteiro", disse.
Mas Runco discorda. "O que se ganha com descanso se perde com ritmo de jogo e confiança. É uma conta que não vale a pena", afirmou.
Neymar sofreu a lesão há uma semana, no primeiro tempo da vitória por 2 a 0 do Barcelona sobre o Getafe, pela Copa do Rei. A previsão dos médicos do clube catalão é que o atacante fique sem jogar por no máximo um mês.
Caso fique realmente quatro semanas afastado, Neymar poderá descansar em seis partidas do Barcelona.
Desde agosto, quando chegou à Europa após um reduzido período de férias da Copa das Confederações, o brasileiro já acumula 33 jogos, entre apresentações pela equipe espanhola e a seleção.
O recorde de Neymar em um ano foi em 2011, quando entrou em campo 67 vezes.
"Essa parada pode até acabar servindo para um pouco de descanso, mas só se justificaria como algo positivo para um atleta que precisasse de uma reciclagem física, o que não é o caso de Neymar", diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros, professor da Universidade Federal de São Paulo.
O Brasil já se beneficiou de jogadores que chegaram ao Mundial em melhores condições físicas que os rivais porque tiveram de descansar devido a contusões sofridas durante a temporada pré-Copa.
Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo, os três principais jogadores da seleção na conquista do penta, em 2002, haviam tido algum problema físico meses antes da competição.
BARCELONA
O juiz espanhol Pablo Ruz aceitou ontem ação contra o presidente do Barcelona, Sandro Rossell, pelo suposto crime de apropriação indébita na contratação de Neymar.
O clube afirmou ter pago € 57,1 milhões pelo brasileiro. No entanto, Jordi Cases, sócio do clube, apresentou a denúncia por não ter recebido do Barcelona informações solicitadas. Rossell nega irregularidades.
