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Lais Souza melhora, mas passará por 2 cirurgias

JOGOS-2014 Esquiadora está acordada, segue comandos, mas não pode mover braços e pernas

DE SÃO PAULO

Com todos os parâmetros clínicos sob controle, a esquiadora brasileira Lais Souza, 25, vai passar por duas cirurgias adicionais --uma traqueostomia e uma gastrostomia--, ainda nesta semana.

"Estes procedimentos são simples e representam os passos iniciais em seu processo de recuperação", afirmou Antonio Marttos Jr., médico do COB que está nos EUA acompanhando a brasileira.

"Lais está acordada, segue comandos, mas não pode mover seus braços e pernas neste momento e está com o auxílio de ventilação mecânica para respirar", disse o segundo boletim médico da atleta, divulgado ontem pelo Hospital da Universidade de Utah.

Segundo o médico do COB, ela apresentou um pequeno progresso do quadro neurológico. Ele ressaltou que Lais conseguiu mexer e sustentar os ombros, o que não acontecia anteontem.

"Reiteramos que a atleta ainda se encontra na fase aguda do trauma e qualquer prognóstico definitivo necessita de tempo", afirmou.

Na segunda, Lais esquiava sem executar saltos, acompanhada do técnico da seleção brasileira de esqui aéreo, o canadense Ryan Snow, quando perdeu o controle e se chocou com uma árvore.

O acidente causou um trauma severo na coluna cervical, e a ex-ginasta foi submetida a uma cirurgia para fazer o realinhamento da coluna.

Especialista em traumato-ortopedia e ligado ao Hospital da Universidade de Miami, Marttos Jr. disse que o hospital poderá ser usado por Lais. Jaqueline, da seleção de vôlei, lesionou a coluna vertebral em partida do Pan-2011 e se tratou no local.

A mãe de Lais, Odete Vieira da Silva Souza, 54, viajaria ontem para Salt Lake City, acompanhada da fisioterapeuta Denise Lessio.

"É uma angústia muito grande, uma dor que não tem explicação", afirmou Odete à Folha. "É muito difícil. Não estou conseguindo dormir nem comer", completou.

"Ela [Lais] ficou muito contente ao saber que sua mãe chegará amanhã [hoje]", afirmou Marttos Jr. "E está sabendo das manifestações de carinho", completou.

NOVO ESPORTE

Ex-ginasta com participação olímpica (Atenas-2004 e Pequim-2008), Lais havia decidido deixar a modalidade após ser cortada dos Jogos de Londres-12 por lesão.

Em maio de 2013, ela e a também ex-ginasta Josi foram convidadas para participar de seletiva, em pista artificial.

No esqui aéreo, o que mais influencia na nota é a acrobacia, e foi por isso que ex-ginastas foram procuradas pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve em busca da vaga olímpica.

"Apoiamos a decisão dela competir no esqui aéreo. Todas profissões e esportes têm riscos", disse a mãe de Lais. "Ela estava evoluindo, mas aconteceu esse acidente."


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