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Time do Peru deve ser punido por atos de torcida
MARCEL RIZZO DE SÃO PAULOO Real Garcilaso, do Peru, será julgado pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol pelos atos racistas da torcida contra Tinga. A data ainda será marcada, mas deve ser em fevereiro.
A clareza das imagens e áudios torna a punição iminente, mas provavelmente não resultará em perda de pontos ou exclusão da Libertadores, como prevê a Conmebol.
A Folha apurou que a orientação do Comitê Disciplinar da Fifa, que serve de base para as confederações, é o de, na primeira vez, punir com multa e obrigar o clube atuar com portões fechados. Apenas na reincidência o clube é punido mais severamente.
Cinco casos parecidos julgados por Fifa e Uefa (União Europeia de Futebol), em 2013, resultaram em jogos com portões fechados.
No ano passado, o combate ao racismo foi considerado prioridade para a Fifa, que criou um código com as possíveis punições.
INEDITISMO
Esta será a primeira vez que o Tribunal Disciplinar da Conmebol, criado em 2012, julgará um caso de racismo, por isso não há jurisprudência no continente.
O tribunal é presidido pelo advogado Caio César Vieira Rocha, que também é o vice-presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Por ser brasileiro, Rocha não participará do julgamento que envolve o Cruzeiro.
