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Estádio do Mogi é interditado por federação
DE SÃO PAULOA Federação Paulista de Futebol (FPF) agiu rapidamente e decidiu interditar o estádio Romildo Vitor Borba Ferreira, o Romildão, em Mogi Mirim, em decorrência das ofensas racistas feitas contra Arouca na quinta à noite.
Em nota oficial, Marco Polo del Nero, presidente da FPF, também repudiou os atos. O julgamento do Mogi Mirim, que pode ser multado, perder pontos e mandos de campo, deve acontecer no próximo dia 17, segunda-feira.
Procurada, a CBF optou por não opinar sobre o caso de Arouca.
"A CBF vai tomar a mesma atitude que vinha tomando em casos semelhantes. Vai encaminhar à Fifa os relatos. Só quem pode punir no Brasil é o STJD", disse o diretor de comunicação da entidade, Rodrigo Paiva.
Procurado pela Folha, o presidente da confederação, José Maria Marin, não se manifestou sobre a questão.
O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), por sua vez, passou toda a responsabilidade do caso Arouca ao TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) de São Paulo.
"O STJD só vai interferir se recursos forem interpostos e chegarem até o nosso mérito", disse Paulo Schmitt, procurador-geral do orgão.
"A legislação brasileira para casos como esse existe e é similar à da Fifa. Os tribunais precisam agora ter coragem de punir de acordo com a lei", acrescentou Paulo Schmitt.
Há cerca de duas semanas, Marin cobrou sanções da Conmebol ao Real Garcilaso, do Peru, por causa de ofensas de torcedores a Tinga, do Cruzeiro, na Taça Libertadores, há pouco mais de um mês.
O Departamento de Imprensa da Fifa não respondeu se tem acompanhado os casos recentes de racismo no Brasil e se existe preocupação em relação à Copa do Mundo.
Segundo os códigos da Fifa, "para uma primeira ofensa ou algo de pouca gravidade, sanções de advertência, multa e/ou jogos a portas fechadas devem ser aplicadas."