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10

Após assumir a camisa que já foi de Pelé, Geuvânio pode levar o Santos à final do Paulista

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

Em janeiro, ninguém queria a 10 no Santos. Após a venda de Montillo, a camisa ficou órfã. Cícero rejeitou. Gabriel pediu a sete. Thiago Ribeiro optou por usar a 11.

"Pode me dar", garantiu um garoto de apenas 21 anos.

No clube que fez do 10 o número mais nobre do futebol, Geuvânio encarou a tarefa com misto de responsabilidade e honra. Sentimento com que lidera o Santos hoje, às 16h, contra o Penapolense. O jogo define um dos finalistas do Paulista.

"Foi a que apareceu. Por que eu ia rejeitar? É uma missão. Se sobrou para mim, tem algum motivo.", disse o atacante à Folha.

Rejeitado no início da carreira no Santos, Geuvânio se transformou na figura mais importante da equipe.

Para vários analistas, inclusive o colunista da Folha Paulo Vinícius Coelho, é o melhor jogador deste estadual.

Artilheiro da equipe no torneio, com sete gols (ao lado de Gabriel e Cícero), ele chegou a se desiludir com o Santos. Recebeu proposta para ir a Portugal, em 2012.

"Era oferta da Académica de Coimbra. Era boa. Só faltava a assinatura do presidente do Santos, Luis Alvaro. Quando ele olhou o documento, disse que não assinaria. Hoje agradeço", lembrou.

Quase onipresente em campo, virou símbolo da equipe de Oswaldo de Oliveira. O jogador que volta à defesa para colaborar com a marcação e rapidamente aparece no ataque para finalizar.

"Cheguei ao Santos em 2009. Olhava para o profissional e assistia ao Neymar, Ganso... Pensava que talvez meu dia não chegaria. Mas chegou", comemorou.

Ele precisou saber esperar. Muricy Ramalho disse que a base do clube não tinha condições de dar atletas "prontos" para o elenco principal. Depois, Claudinei o escalou algumas vezes. Entre 2012 e 2013, jogou em 11 ocasiões.

Neste ano, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o bom futebol de Geuvânio, enfim, se revelou.

"Oswaldo é amigo. Sabe chamar o jogador para o lado dele e tem paciência. A gente joga por ele."

Geuvânio entra em campo para honrar a confiança do treinador e pensando em objetivo bem mais simples: trazer os pais para morar com ele na Baixada Santista.

"Após o Paulista vai dar. Eles moram em São Paulo", lembra ele, sergipano de nascimento e que veio para a capital paulista aos dois anos.

ERRO DO ESCRIVÃO

O plano de Maria Aparecida e Valdir era que o filho se chamasse Giovanni. O escrivão de Ilha das Flores, onde nasceu, não entendeu. No documento saiu Geuvânio.

"Acontece. A intenção é uma coisa, sai outra e dá certo. Pensei que nunca venceria no Santos. Hoje...".


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