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Saída de executiva adia divulgação de dados do orçamento olímpico
RIO-2016
Lentidão para formatar custos incomoda o COI
Principal cobrança do COI (Comitê Olímpico Internacional), a atualização do orçamento geral dos Jogos do Rio-2016 não será mais divulgado na terça-feira, como prometiam os organizadores.
Ainda não há nova data para dar mais dados da matriz de responsabilidades, que detalha as atribuições dos níveis de governo (estadual, municipal e federal).
Um dos motivos que contribuem para o novo atraso é o pedido de demissão de Maria Silvia Bastos Marques da EOM (Empresa Olímpica Municipal). A executiva estava desde 2011 à frente do órgão, incumbido de construir o Parque Olímpico da Barra e o Complexo de Deodoro, principais instalações dos Jogos.
Ela será substituída por Joaquim Monteiro de Carvalho. Maria Silvia, porém, deve ficar ainda mais um mês à frente da EOM para comandar um período de transição.
A saída dela gerou um reflexo instantâneo no impasse orçamentário. Uma reunião com todos os entes governamentais prevista para hoje, em Brasília, foi adiada.
O encontro, que serviria para consolidar os números da matriz, já havia sido desmarcado outras duas vezes.
Apenas parte do custo do megaevento foi revelado até o momento --R$ 5,6 bilhões. Mas da conta não constava quase metade das obras orçadas.
Além disso, a Folha apurou que o COI fez um questionamento específico que ainda não foi atendido pelo Comitê Organizador da Olimpíada, presidido por Carlos Arthur Nuzman --o questionamento não foi divulgado.
A lentidão para formatar o orçamento incomoda o COI.
Há menos de duas semanas, dirigentes da entidade aproveitaram a sexta visita da comissão de coordenação ao Rio para dizer que "não havia um momento a perder".
Os Jogos ocorrerão de 5 a 21 de agosto de 2016.
Ontem, o Comitê Olímpico Internacional amenizou. "Estamos satisfeitos por saber que Maria Silvia ainda seguirá como assessora do prefeito [Eduardo Paes] para assuntos olímpicos", afirmou.
