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Crítica Livro

'As Joias do Rei' é um valioso dois-em-um sobre a vida e a carreira de Pelé

SÉRGIO RIZZO ESPECIAL PARA A FOLHA

É um livro, mas pede um manuseio respeitoso e equivale a um imponente catálogo de museu -espécie de Louvre ou Prado do futebol, mas até hoje restrito aos privilegiados com acesso ao acervo particular de Pelé.

"As Joias do Rei" reúne imagens de alguns dos objetos mais significativos e fascinantes que o cidadão Edson Arantes do Nascimento guardou ao longo de décadas, talvez para acreditar que sua vida não foi um sonho.

Ou teria sido, sim, um sonho que todos sonhamos juntos?

As peças que sugerem olhar para a trajetória de Pelé como uma ficção escrita por um roteirista inspirado pertencem, sobretudo, à fase plebeia do personagem.

É o caso, por exemplo, da caixa de engraxate com a qual, durante dois anos, ele estima ter engraxado mais de mil pares de sapato -alguém aí teria sido o proprietário de um deles?- na Estação Ferroviária de Bauru.

Outros tesouros de infância e adolescência incluem a carteirinha de um campeonato infanto-juvenil, expedida em 1954, e a carteira profissional que traz, a partir de 1957, diversos contratos com o Santos.

E então, subitamente, na velocidade espantosa com que a passagem de um momento a outro ocorreu, as imagens do plebeu dos mil pares de sapatos dão lugar às de objetos associados ao rei dos mil gols.

Faixas, medalhas e troféus -conquistados com as camisas do Santos, da seleção e do Cosmos- combinam-se a chuteiras, capas de revistas e de LPs, pôsteres de filmes e outras preciosidades.

Para acompanhar as fotos -assinadas por Leo Feltran- dessas peças do acervo real, o livro recolhe, em textos de Celso de Campos Jr., diversas histórias saborosas e que, sozinhas, já constituiriam um livro de interesse especial.

"As Joias do Rei" representa, portanto, um valioso dois-em-um, e não só por causa dos dois livros que encerra, um com as imagens e o outro com as palavras, mas também porque atesta que Edson e Pelé são uma só pessoa.

De sonho.


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