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Paulo Vinícius Coelho

Imprevisível!

Em 2014, a fronteira dos dois Brasileirões pode não ser o êxodo de jogadores, mas a Copa do Mundo

O Brasileirão começa com jeito de ser o mais imprevisível desde 2001, quando Atlético-PR e São Caetano fizeram a final. Só um time parece acima dos demais: o Cruzeiro. Mas projeta problemas.

O clube tem de pagar R$ 4 milhões para continuar com Willian e há informações de Portugal de que haverá proposta por Marlone. "Ninguém nos procurou", diz o gerente de futebol, Valdir Barbosa. O Cruzeiro gastou muito no ano passado, montou um timaço, foi campeão brasileiro, mas sofre para pagar a conta.

Se tiver proposta grande por algum jogador, vende.

A partir de 20 de maio, a Fifa toma conta dos estádios e isso significa menos receita para quem costuma jogar no Mineirão, Pacaembu, Maracanã... A projeção cruzeirense é deixar de ganhar de R$ 1 milhão e o cenário será pior em caso de eliminação da Libertadores.

O Cruzeiro não é o único. O Atlético-MG recomeça a vida com Levir Culpi. O Corinthians despede-se do Pacaembu hoje e, depois de entregar Itaquera à Copa, terá de procurar endereço, porque o velho estádio municipal também será da Fifa. Não tem dinheiro, mas ainda quer contratar um atacante e um meia.

Resumo: alguns times podem se desmanchar, outros se reforçar.

Quando os pontos corridos começaram, em abril de 2003, ficou claro haver dois campeonatos. Um antes da temporada europeia de negociações, outro depois. O Cruzeiro ganhou o primeiro turno com Luisão na zaga e Deivid no ataque. No fim, o zagueiro estava no Benfica, o atacante no Fenerbahçe.

A Europa não compra como antes porque aqui há menos talento e os que restam ganham salários maiores do que se pagava. Em 2003, 60 jogadores começaram o Brasileirão e não terminaram, vendidos para o exterior. Ano passado, foram só 25.

Em 2014, a fronteira dos dois Brasileirões pode não ser o êxodo, mas a Copa do Mundo. Tudo torna mais difícil apontar o campeão. Pode ser o Cruzeiro? Qual?

Hoje, o atual campeão recebe o São Paulo, símbolo do futebol surpreendente -ganha do Botafogo, que não paga salários, e perde do CRB.

Há oito meses, começava o Campeonato Inglês mais imprevisível desde 1992, ano inaugural da Premier League. Não está em comparação a qualidade, mas a dificuldade para apontar o campeão. De tão cheio de surpresas, o Liverpool pode encaminhar o fim do jejum de 24 anos se ganhar do Chelsea, às 10h deste domingo.

Há quatro anos, os ingleses tinham sete clubes presentes nas sete finais de Liga dos Campeões mais recentes, mas o jornal "The Guardian" fazia matérias pedindo a volta do equilíbrio.

Neste ano, a Inglaterra pode ter o Chelsea na final da competição europeia e tem o campeonato mais equilibrado da Europa. Nesse ponto, o Brasileirão não deve nada para ninguém.


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