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Tributo atrai 20 mil ao local do acidente

TATIANA CUNHA ENVIADA ESPECIAL A IMOLA

"Silêncio, são 14h17." O grito vindo do meio da multidão surtiu efeito rapidamente.

E em segundos os cerca de 20 mil fãs que tentavam chegar perto do palco montado a poucos metros de onde o Williams de Ayrton Senna se chocou contra o muro em 1º de maio de 1994 se calaram.

Assim como Gerhard Berger, Fernando Alonso, Kimi Raikkonen, Pierluigi Martini, Andrea de Cesaris, Luca Badoer, Jarno Trulli, Ivan Capelli, Jules Bianchi e Pedro de la Rosa.

Uma longa salva de palmas antecedeu o coro de "olê, olê, olê, olá, Senna, Senna", antes que os pilotos e ex-pilotos retomassem os discursos para homenagear o tricampeão.

Um dos mais próximos do pequeno palco era Ayrton Mocellin, 12. Com um amigo, o italiano tentava se aproximar do cartaz colocado no local para deixar sua assinatura ao lado da foto de Senna, de quem herdou o nome.

"Minha mãe não queria muito, mas meu pai conseguiu convencê-la", disse à Folha Ayrton, que corre de kart e mora a poucos quilômetros do autódromo.

"Meu pai estava na corrida no dia em que ele morreu. Apesar de eu ter nascido depois acabei virando um fã dele também", completou ele, que usa um capacete com as mesmas cores do de Senna.

Ayrton era um dos milhares de fãs que estiveram ontem no circuito em Imola para o primeiro de quatro dias do "Tributo a Ayrton Senna", organizado por um site italiano em parceria com o instituto que leva o nome do piloto.

Os torcedores desembolsaram €11,50 (cerca de R$ 36) pelo ingresso e puderam participar da homenagem na curva Tamburello, ver exposições com fotos e objetos pessoais do brasileiro, andar de kart, entre outras atividades.

"O Brasil está na moda hoje. É muito bacana ver tanta gente com as cores do nosso país, mesmo sem serem brasileiros. É incrível o que o Senna fez e continua fazendo pelo Brasil", disse Erica Fernandes, 22, estudante de engenharia em Bolonha.

Um dos estrangeiros era Maria Grazia Socci, 40. Com short e camiseta feitos com uma bandeira do Brasil e costurados por ela mesma, a italiana exibia brincos pintados como a bandeira brasileira e, nas unhas dos indicadores, o capacete de Senna.

"Conheci o Ayrton em 1992. Foi graças a ele que comecei a ajudar os outros e hoje trabalho numa organização que cuida de crianças carentes em Fortaleza", disse a italiana.


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