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Nova sede da CBF já custa quase o dobro do lucro da entidade em 2013

COPA
Prédio que abrigará o museu da seleção no Rio consumiu R$ 100 milhões até agora

SÉRGIO RANGEL DO RIO

A nova sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vai custar quase o dobro do lucro da entidade em 2013, pelo menos.

Escolhido para também abrigar o museu da seleção, o prédio já consumiu R$ 100 milhões da entidade --R$ 70 milhões na compra em 2012 e cerca de R$ 30 milhões em obras no ano seguinte.

O preço da empreitada consta no último balanço financeiro da confederação, que registrou um lucro de R$ 55 milhões.

A sede ganhará o nome do atual presidente da CBF, José Maria Marin --Marco Polo Del Nero, novo mandatário recém-eleito, assumirá em 2015.

De acordo com o balanço de 2013, R$ 47 milhões foram gastos com as "construções em andamento". No ocasião, a entidade realizava apenas duas --a reforma da Granja Comary e a as obras de adaptação da nova sede.

Como a modernização do novo centro de treinamento custou cerca de R$ 15 milhões, o restante (cerca de R$ 32 milhões) foi usado na nova sede, que tem 6.642,83 metros quadrados na Barra da Tijuca, bairro nobre na zona oeste do Rio.

A conta deve crescer ainda mais. A obra ainda não terminou. Os novos valores só deverão ser revelados em abril de 2015, quando a entidade publicar o balanço deste ano.

A CBF só se mudará para o novo endereço pouco antes da abertura da Copa do Mundo. A inauguração acontecerá no dia 4 de junho, um dia após a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari enfrentar o Panamá, em Goiânia, no primeiro amistoso da fase final de preparação.

O prédio foi submetido a uma longa reforma estrutural para abrigar o museu da seleção brasileira. Pelo projeto inicial, 1.340 peças serão expostas no espaço, que ficará no primeiro andar do prédio. As réplicas da Taça Fifa e da Jules Rimet também terão lugar especial.

O segundo andar será ocupado pelos funcionários. Os diretores e a presidência ficarão o terceiro andar.

No último, a CBF vai instalar um restaurante e um estúdio de televisão. O local servirá para a gravação de programas, que serão veiculados no site da entidade.

Desde 2002, a entidade funciona numa andar alugado na Barra da Tijuca. Antes, a confederação ficava num prédio próprio no centro da capital fluminense.

POLÊMICA

Há um ano, a *Folh*a revelou detalhes do negócio de R$ 70 milhões. Documentos apontaram superfaturamento na compra do prédio da nova sede pela entidade.

A CBF anunciou o negócio no dia 27 de junho de 2012, mas só assinou a aquisição do imóvel no dia 31 de agosto do mesmo ano.

Nesse período, cinco das oito salas foram vendidas a intermediários por R$ 12 milhões e, depois, repassadas para a CBF por R$ 43 milhões. As outras três salas foram vendidas diretamente à entidade por R$ 27 milhões.

Na ocasião, o presidente da CBF apresentou avaliações de três consultorias, que comprovariam que os R$ 70 milhões pagos estavam no padrão do mercado.


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