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Cruzeiro cai em casa e Brasil dá adeus a tabu de 23 anos
LIBERTADORES
Desde 1991, país não ficava fora da semifinal do torneio
No ano em que o Brasil vai sediar a Copa do Mundo, nenhum clube nacional brigará pelo título da Libertadores. O Cruzeiro, último representante do país, empatou com o San Lorenzo por 1 a 1, nesta quarta (14), no Mineirão.
Como havia perdido o jogo de ida por 1 a 0, há uma semana, o placar foi insuficiente para colocar o time celeste na semifinal da Libertadores.
Agora o San Lorenzo vai enfrentar o vencedor de Bolívar e Lanús, que jogam nesta quinta (15), em La Paz, e empataram na ida por 1 a 1.
Com a eliminação do Cruzeiro, o futebol brasileiro deu adeus a uma hegemonia histórica de 23 anos no torneio.
Desde 1991, o Brasil não ficava sem representantes na semifinal da Libertadores.
Os últimos quatro campeões foram brasileiros, sendo que Corinthians (2012) e Atlético-MG (2013) conseguiram a taça pela primeira vez.
Até mesmo o Cruzeiro, bicampeão, foi finalista nesse período. Em 1997, foi campeão. Em 2009, vice.
O sonho de ir à semifinal começou a ruir logo aos 9 min do primeiro tempo, quando o meia Piatti abriu o placar para o rival argentino. O gol esfriou a torcida no estádio.
Por causa da derrota na ida, somente um triunfo por dois gols de diferença daria a classificação ao time celeste.
A equipe não desistiu.
Reclamou de um pênalti em Júlio Baptista, após choque com o zagueiro Buffarini. Viu a bola acertar as traves esquerda e direita no mesmo lance, após finalização do atacante Marcelo Moreno.
Esses lances ocorreram no 1º tempo. Mas o time manteve a pressão na etapa final.
O goleiro Torrico fez grandes defesas em finalizações de Marcelo Moreno e Dedé. Mas o empate saiu aos 25 min, quando Bruno Rodrigo marcou de cabeça após cruzamento de Dagoberto.
O gol animou a equipe. Assim como a expulsão de Romagnoli, seis minutos depois, mas faltaram dois gols.
Mesmo eliminado, o Cruzeiro foi aplaudido, e Moreno, chorando, foi o mais homenageado pela torcida.
"Fizemos o possível, mas a vaga não veio. Vamos pensar no Brasileiro", disse Bruno Rodrigo.