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Apesar de problemas, COL aprova evento
COPA Entidade elogia teste no padrão Fifa, mas afirma que ajustes começam a ser feitos já nesta segunda-feira
O Corinthians entregou ao seu torcedor uma casa bonita, imponente, mas inacabada e com várias falhas. As principais foram a cobertura, que não protegeu a torcida da chuva, e a dificuldade para completar ligações ou acessar a internet pelo celular.
Mas o COL (Comitê Organizador Local da Copa) ficou satisfeito com o resultado do evento-teste. Após o jogo, alguns representantes da entidade limitaram-se a dizer que serão feitos ajustes na arena já nesta segunda-feira.
A partir de terça, o estádio passa a ser de responsabilidade da Fifa, mas as obras devem permanecer até a abertura da Copa, em 12 de junho.
"Falta a finalização do estádio. Vamos ter um briefing para analisar com calma o que precisa ser feito. Tivemos algumas goteiras. Mas teste é para isso", disse Ricardo Trade, diretor-executivo do COL.
Os ajustes terão por objetivo minimizar os problemas, mas não resolvê-los por completo. As goteiras serão solucionadas, mas a cobertura continuará inacabada e o torcedor exposto caso chova.
Neste domingo, a chuva --com granizo em alguns momentos-- atingiu setores mais populares e mais caros. "A Fifa não exige que todos os setores do estádio sejam cobertos", minimizou Trade.
Já as áreas inacabadas devem melhorar até a Copa.
Domingo, além do chão com cimento batido, a área de circulação de pessoas, entre a lanchonete e os banheiros, havia caixas d'água e estruturas metálicas aparentes.
As escadas que davam acesso aos banheiros e à lanchonete também expunham o estágio da obra: incompleta. Os degraus não tinham acabamento e os corrimões estavam cobertos com panos.
Os banheiros funcionavam bem, mas estavam sujos. Além disso, apenas uma das lanchonetes do setor norte estava aberta, o que gerou filas.
Também no setor norte os torcedores organizados arrancaram um corrimão que ficava entre as cadeiras para ganharem mais espaço.
Do lado de fora, uma das críticas foi a falta de sinalização. Muitos torcedores reclamaram da dificuldade para se localizar. Alguns recorreram até os agentes de trânsito, que não sabiam informar as ruas e os portões corretos.
"O cara da CET deve morar em outro planeta. Se ele está a 600 metros do estádio e não sabe indicar como vir, deveria morar em marte", disse Andres Sanchez, responsável pelo Corinthians pela arena.
Já o acesso de transporte foi o ponto positivo. Quem saiu da estação de metrô Palmeiras-Barra Funda demorou 30 min para ir ao estádio. O trajeto de trem da Luz até Itaquera durou 19 min.
A saída do estádio também foi tranquila. A evacuação foi feita em cerca de 20 minutos