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Depoimento eu não fui

Não fui, mas tenho um documento para provar que fui

LEANDRO COLON DE LONDRES

Cheguei a cogitar um bate-volta, conexão Londres-Itaquera. Afinal, esperei a vida inteira por esse dia.

Havia comprado meu ingresso para a inauguração do estádio do Corinthians.

Pensei: é só chegar em Cumbica no domingo (18) cedo, assistir ao jogo e voltar para cá. Nem seria cansativo.

Desisti. Era arriscado, porque precisava trabalhar nesta segunda-feira em Londres, pela Folha.

Mesmo assim, fiz um investimento a longo prazo: daqui a uns 30 anos, vou poder mentir e dizer que estava lá (nem precisarei lembrar do resultado).

Outros 200 mil torcedores corintianos farão o mesmo, mas eu tenho um comprovante de pagamento do jogo em meu nome como álibi. Um documento oficial.

Não tinha como fazer diferente. Vi do tobogã do estádio do Pacaembu os gols de Emerson na final da Libertadores. Estava atrás do gol olímpico de Neto contra o Flamengo, em 1989.

Aos prantos, abracei meu pai na arquibancada de Yokohama, no Japão, em 2012, na final do Mundial de Clubes, contra o Chelsea.

Foram datas históricas, assim como o 13 de outubro de 1977 (dia de são Basílio) e o 5 de dezembro de 1976, da invasão ao Maracanã --aliás, todos os corintianos garantem que foram ao Rio de Janeiro (meu pai e meu avô estavam lá, juro).

O 18 de maio de 2014 agora também é eterno.

Ao pagar pelo ingresso da inauguração, além de poder espalhar que estava lá, mantenho a frequência no programa Fiel Torcedor que me ajuda a garantir o bilhete do primeiro título do Corinthians no seu estádio.

Posso até não conseguir ir novamente, mas vou dizer que fui.


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