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Empate também na torcida

Com animação e criatividade, mexicanos fazem barulho e equiparam embate na torcida

ANDRÉ UZÊDA DE FORTALEZA

O empate em campo se refletiu nesta terça (17) nas arquibancadas e no entorno do Castelão: os mexicanos abafaram a festa brasileira.

Embora em menor número (pelo menos 8.000 dos 60 mil lugares foram para mexicanos), os rivais exibiram um repertório variado e provocativo de cantos, superando os brasileiros no barulho em vários momentos.

Até o manjado hino brasileiro a capela, anunciado de véspera à exaustão como ponto alto da festa, quase foi superado pela comemoração asteca pelo empate ao fim do jogo (leia texto nesta página).

Desde a entrada, uma legião de torcedores fantasiados de Chaves e Chapolin tomou as imediações do Castelão, entoando bordões bem-humorados que apostavam no bom desempenho da equipe. "Brasil va a probar el chilli nacional [O Brasil vai provar a pimenta nacional, em português]", dizia um grupo.

Nos portões da arena, brasileiros e mexicanos trocavam provocações de forma amistosa. "Brasileiro, quero te perguntar, o que você sente sendo visita quando joga de local", dizia um dos cantos mexicanos mais ouvidos.

Já dentro do estádio, os desafios mexicanos eram mais criativos, com direito até a paródias de clássicos nacionais como "Garota de Ipanema".

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é o Brasil, que sempre perde em casa", cantava o mexicano Oscar Gonzalez, 26, ao lado de um grupo empolgado.

"Só teve uma Copa no Brasil [1950]. E perderam. Então posso dizer que sempre perdem em casa", explicava.

Paramentados como lutadores da "lucha libre" mexicana, alguns torcedores emendavam, em referência à possibilidade de vitória, uma versão em espanhol do slogan de campanha do presidente dos EUA, Barack Obama: "Sí, se puede".

Do lado do Brasil, mais numeroso, a resposta vinha com cantos de "Eu sou brasileiro" e "O campeão voltou".

"Dá até pena discutir com os mexicanos. Temos cinco Copas. Eles são aqueles que jogam como nunca e perdem como sempre", dizia o taxista Alberto Nunes, 38.

Minutos depois, ele daria o braço a torcer. "Eles sabem mesmo torcer. Parece que cada mexicano vale por três brasileiros em zoada."

Ao final, mexicanos passaram mais tempo na arquibancada comemorando --e os brasileiros deixaram o estádio rapidamente.


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