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PVC na Copa

O pior campeão

Uma equipe envelhecida, que está desgastada e que outras seleções aprenderam a marcar

Nas últimas quatro Copas do Mundo, três vezes o defensor do título caiu na primeira fase. A Espanha é o caso mais escandaloso. Jamais o campeão havia sido eliminado no segundo jogo. Os antecedentes eram o Brasil de 1966, a França de 2002 e a Itália de 2010, mas todos tiveram chance na terceira rodada.

O diagnóstico mais dramático indicará a morte do estilo de posse de bola e marcação por pressão. Não é isso. Apesar da derrota do Bayern, goleado pelo Real Madrid, e do declínio do Barcelona, é mais correto dizer que sempre houve bons times de diferentes características.

Em 19 partidas desta Copa, houve só seis vencedores com menos posse de bola do que o adversário. Também não é a estatística a razão das vitórias. É a qualidade. A Holanda teve menos tempo com a bola do que a Espanha e a venceu. Passou 53% do tempo com posse contra a Austrália e se complicou: "O estilo do time é para explorar a velocidade de Robben e Van Persie", diz o jornalista holandês Tiemen Van der Laan. Ele desconfia da seleção de Van Gaal.

O "débâcle" da Espanha tem a ver com o envelhecimento do time, com o desgaste dos principais jogadores pela temporada europeia e com o fato de os adversários já saberem como marcá-la. É uma mistura de fatores.

No domingo, dois dias depois da goleada da Holanda sobre a Espanha, um dia depois da estreia da Itália com vitória e 53% de bola no pé contra a Inglaterra, o jornal "La Gazzetta dello Sport" cravou: "O tiki-taka não morreu, apenas mudou de passaporte. Agora é italiano". Segundo o diário, a Itália quebrou o recorde de acerto de passes com 93% contra 92% da Dinamarca na goleada sobre o Uruguai, na Copa de 1986.

A Itália que festeja é a mesma que chorava há quatro anos, eliminada por Paraguai e Eslováquia. O futebol mudou e o sétimo dia da Copa fez questão de mostrar: há rivais fortes, da Oceania ao Atacama.


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