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Reação no grito

DE BRASÍLIA

Se em campo o Brasil enfrentou nesta segunda (23) um rival sem pretensões, fora dele a torcida de Brasília também reinou sozinha e não teve dificuldades em agitar o estádio Mané Garrincha --que recebeu um público recorde de 69.112 pessoas.

Mas, para isso, teve que ser "ensinada" a torcer.

Na véspera do jogo, houve forte campanha em redes sociais e até programas de TV incentivaram os brasilienses a não fazer mais do mesmo.

Dentro e fora do estádio foram distribuídos milhares de panfletos com cantos, de samba do Salgueiro a versões de músicas de torcidas. Não tiveram a autoria definida, embora a presença de um grupo de samba a convite da Coca-Cola sugira o dedo dos patrocinadores da Copa-14.

Só a paródia de "Pelados em Santos", do Mamonas Assassinas, foi distribuída em 2.000 panfletos. A música costuma ser entoada pela torcida do Flamengo. Saiu "mengão" e entrou "seleção". Mesmo assim, não tomou conta do estádio.

Dessa vez, a plateia foi além do hino a capela e da repetição do "Eu sou brasileiro, com muito orgulho e muito amor", entoado com força apenas quatro vezes durante o jogo. A solução encontrada, no entanto, foi retirar velhos clássicos do baú.

NO ALTO DA PARADA

Os cantos vencedores na torcida foram o "Lê, lê lê ô, Brasil" e o nome do país repetido à exaustão. E, graças ao desempenho do time, o otimismo também apareceu: "O campeão voltou", cantaram os torcedores no estádio, em diversos momentos. Um jogador teve o nome entoado em uníssono: Neymar.

Outros cantos, contudo, limitaram-se a setores restritos do estádio. Foi assim, por exemplo, com "Explode coração, na maior felicidade", parte do panfleto distribuído.

Ao final, os torcedores mostraram que sabem alfinetar rivais, com "Chile, pode esperar, sua hora vai chegar" e "Messi, vai se f..., o Neymar é melhor do que você".

Também nos últimos minutos, grupos esparsos começaram xingar a presidente Dilma Rousseff, que não estava presente. Os gritos não pegaram, e os torcedores aderiram ao tradicional "olé".

Já os camaroneses tiveram atuação discreta. Quem aparecia com bandeira da seleção africana era "tietado" por nacionais. "Mesmo não valendo nada, é um jogo histórico. O Brasil é maravilhoso", disse Rafael Mekoulou, 55.


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